
As ações do Magazine Luiza acumulam em setembro uma perda de mais de 4%, mas na última sexta-feira fecharam com um tombo de quase 9%, o que chamou a atenção, com a B3 pedindo esclarecimento sobre as oscilações atípicas dos papéis.
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A equipe do Goldman Sachs disse acreditar que a trajetória de crescimento do Magazine Luiza continua atraente, com ganhos de participação contínuos (orgânicos e inorgânicos) ajudando a compensar parte do impacto de um consumidor mais fraco.
Para os analistas, uma desaceleração temporária no crescimento anual da métrica GMV diante de bases de comparações difíceis e uma eliminação gradual dos pagamentos de estímulo era de se esperar, e não deve inviabilizar os fundamentos das ações.
O Goldman Sachs tem recomendação de compra para os papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 25.
A analista do setor de varejo do BB-BBI, Georgia Jorge, disse que tem não tinha projetado um crescimento acima de 20%, muito pelo contrário, a previsão era de um crescimento menor. “A gente ficou até um pouco surpreso com o fato do mercado ter ficado tão impactado com essa noticia”, disse.
Uma recente pesquisa mensal do comércio divulgou os dados do setor de imóveis e eletrodomésticos, que mostrou uma desaceleração frente ao mês anterior, e principalmente, frente ao ano passado. Georgia disse que a demanda estava mais forte por conta das pessoas estarem trabalhando de casa e também em razão das pessoas terem recebido, no mês de julho, o valor do auxilio emergencial mais robusto e isso acabou contribuindo para o resultado.
“Os investidores precisam olhar para frente e ver todo o trabalho que o Magazine Luiza tem feito ao longo dos últimos anos para cada vez mais reduzir a participação de imóveis e eletrodomésticos no total de produtos vendidos pela companhia”, avaliou.
Confira a entrevista na íntegra:
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