
O Ibovespa opera em mais um dia de queda nesta sexta-feira (3), com os investidores reagindo ao principal indicador do dia: os dados sobre o emprego nos Estados Unidos, o Payroll, indicando um menor ritmo de crescimento. Além disso, o mercado também sofre a ressaca da reforma o Imposto de Renda, com a aprovação na quarta-feira e a votação dos destaques na quinta-feira.
A Câmara dos Deputados aprovaram a reforma do IR na última quarta, após articulação do presidente, deputado Artur Lira (PP-AL), junto ao relator da proposta, o deputado Celso Sabino (PSDB-PA), com a oposição para passar o texto.
Na quinta, os políticos votaram os destaques para possíveis modificações. A única alteração foi na tributação de lucros e dividendos, ponto de maior discussão no projeto, que sofreu redução de 20% para 15%. Agora, o projeto seguirá para o Senado.
Nos Estados Unidos, as bolsas operavam entre leves perdas e ganhos nesta sexta, com a desaceleração no crescimento do emprego nos país, levantando dúvidas sobre o ritmo da recuperação econômica. Dow Jones e S&P 500 estão em queda, mas Nasdaq subia à medida que o relatório também acalmava temores de aperto iminente da política monetária.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, operava em queda de 0,68%, cotado a 115.883,00 pontos às 13h30.
O dólar comercial registra queda de 0,23%, cotado a R$ 5,171.
Nos Estados Unidos, as bolsas estão operando de forma mista. O S&P 500 aponta -0,12% (4.531,50), o Nasdaq registra +0,12% (15.348,70), enquanto o Dow Jones está em -0,28% (35.343,38).
Confira os destaques desta sexta:
Payroll nos EUA: Economia criou 235 mil empregos em agosto
A economia norte-americana criou 235 mil empregos não-agrícolas em agosto, segundo o relatório Payroll do Departamento de Trabalho nesta sexta-feira (3), abaixo do expectativas e dos dados de julho. A previsão dos economistas era uma soma de 750 mil empregos no período.
O número mostrou uma desaceleração dos números de julho , quando foram criadas 943 mil vagas. Em porcentagem, a comparação da taxa de emprego ficou de 5,2% em agosto, no consenso, ante 5,4% em julho.
Campos Neto diz que ampliação de Bolsa Família depende de ‘questões fiscais’
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a incerteza fiscal de curto prazo no País vem de uma associação de projetos estruturantes à ampliação do Bolsa Família, considerada um processo eleitoral. Campos Neto participa do Finanças Mais, organizado pelo Estadão/Broadcast e pela Austin Rating nesta sexta-feira, 3.
Segundo o presidente do BC, há uma avaliação dentro governo e do Parlamento de que a ampliação do programa social deve ser feita em um contexto de respeito ao regime fiscal. Campos Neto disse que existe uma consciência de que aumentar gastos com o Bolsa Família pode ser contraproducente caso a incerteza gerada supere o benefício do dinheiro injetado na economia.
China se esforçará para evitar riscos financeiros, diz BC
A China se esforçará para evitar riscos financeiros reforçando seus sistemas de prevenção, alerta e eliminação de riscos, disse o banco central chinês nesta sexta-feira (3).
O país vai manter seus mercados de ações, títulos e câmbio estáveis e evitará choques externos, disse o Banco do Povo da China em seu relatório de estabilidade financeira de 2021.
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