O dólar opera em queda de 0,84%, aos R$ 5,268 e, nos Estados Unidos, os índices estão operando em alta generalizada.

O Ibovespa opera em queda nesta quinta-feira (27), com o mercado não conseguindo acompanhar o bom humor externo por conta do cenário político conturbado. Por volta das 14h13, o principal índice da bolsa brasileira (B3) operava em baixa de 0,14%, aos 123.810,45 pontos.
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O dólar opera em queda de 0,84%, aos R$ 5,268 e, nos Estados Unidos, os índices estão operando em alta generalizada. Por volta das 14h15, o S&P 500 estava 0,24% e o Nasdaq subindo 0,23%.
Confira os destaques desta quinta:
Dimas Covas na CPI da Covid
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que o imunizante desenvolvido e envasado pelo instituto recebeu uma das avaliações “mais rigorosas” feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Covas depõe nesta quinta-feira à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid do Senado e respondeu a uma bateria de perguntas do senador Eduardo Girão (podemos-CE) sobre a eficácia da Coronovac.
Segundo o diretor, todos os dados necessários para aprovação do imunizante foram entregues à agência sanitária brasileira, que aprovou o uso do imunizante do País. Questionado sobre o porquê desses dados não terem sido disponibilizados ao público por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), Dimas Covas afirmou que a obrigação do Butantan era divulgar esses dados apenas para a Anvisa, que é o órgão que avalia o uso emergencial do imunizante.
“Nossa obrigação era fornecer os dados para a Anvisa que iria autorizar o uso emergencial. Não haveria porque divulgar isso antes do conhecimento da Anvisa. Quem avalia os dados é a Anvisa. É o órgão que tem que avaliar e dar a autorização. Que foi o que aconteceu. A Anvisa recebeu todos os dados, os dados do Brasil, da China, da Turquia, avaliou o processo e deu seu parecer conclusivo em relação ao uso emergencial, que por sinal foi muito rigoroso”, declarou o diretor.
Recrudescimento da pandemia
Dimas Covas, avaliou, no depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, que “tudo indica” que o País possa ter um recrudescimento da pandemia. Segundo ele, o aumento no número de casos será “turbinado” por variantes da covid-19.
A análise de Dimas Covas veio após o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), perguntar se ele concordava com uma fala do presidente da República de que estávamos “no final da pandemia”, o diretor discordou. Para o diretor do Butantan, ainda estaremos lutando contra a pandemia nos próximos anos.
“Essa pandemia ainda vai persistir durante 2021, ainda vamos lutar com ela em 2021, quiçá no começo de 2022”, declarou Covas, atentando que mesmo com a vacinação, ainda pode haver a necessidade de haver um reforço vacinal contra covid-19.
Guedes critica gestões econômicas anteriores e defende preservar caminhoneiros
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a criticar a gestão econômica de governos anteriores durante fala à imprensa que ocorreu depois da live Coalizão Indústria. Ao falar sobre o setor de transportes, por exemplo, lembrou que incentivos ao aumento da frota de caminhões levaram a uma criação de 500 mil novos postos de trabalho nas estradas brasileiras. “Houve erro de avaliação em governos anteriores”, afirmou. “Temos que preservar os atuais caminhoneiros, e não aumentar a frota. Mas podemos renovar a frota usando gás natural, o que pode baratear o custo”, cogitou em rápida conversa com jornalistas.
Na avaliação de Guedes, porém, o trabalho da atual equipe econômica tem sido na direção de democratizar o acesso ao mercado de crédito. Mais uma vez, ele disse que a intenção não é a de auxiliar grandes companhias, que têm acesso mais fácil a outras fontes. “Temos que reparar muito erro da economia dirigida. Foi muito dinheiro de crédito para o lugar errado.”
O ministro disse ainda que o atual governo, além de ter de “reconstruir o que já estava em ruínas”, ainda teve que lidar com a pandemia de coronavírus. “Estamos revertendo esse quadro, mas leva tempo. Tivemos um ato de fé. Fé na força do país, fé na democracia e fé da indústria brasileira.”
*Com informações do Estadão Conteúdo