Em uma recente declaração feita através da rede social X, Guilherme Boulos, um político em ascensão do partido Psol e também pré-candidato à prefeitura de São Paulo, criticou Ricardo Nunes – o atual prefeito da cidade, filiado ao MDB – por defender o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ato marcado para acontecer na Avenida Paulista no dia 25 de fevereiro de 2024. Segundo Boulos, Nunes se manteve em silêncio sobre o dia 8 de janeiro e as alegações recentes de golpismo nas operações da PF, mas agora está defendendo o ato de Bolsonaro, chegando a chamá-lo de “ato da democracia”.

Ele declarou, “Ricardo Nunes se calou sobre o 8 de Janeiro e sobre a revelação do golpismo nas operações da PF. Agora, defende a manifestação do dia 25, chamando-a de ‘ato da democracia’. Ou seja, abraçou o bolsonarismo e escancarou pra quem quiser ver”.
Ricardo Nunes deve comparecer ao ato de Bolsonaro
Ricardo Nunes, que é conhecido por ser um aliado próximo do ex-presidente, indicou nesta sexta-feira que muito provavelmente participará do evento. Quando perguntado por jornalistas, ele chegou a dizer, “Eu devo comparecer. Eu tenho uma gratidão muito grande ao presidente Jair Bolsonaro”.
Detalhes do ato de Bolsonaro
De acordo com o próprio Bolsonaro, o ato será uma demonstração “em defesa do Estado democrático de direito”. Bolsonaro fez um apelo em vídeo compartilhado nas redes sociais aos seus apoiadores, pedindo para que não levassem cartazes ou faixas “contra quem quer que seja” e para que usassem roupas das cores verde e amarelo caso decidissem comparecer.
Controvérsias relacionadas a Bolsonaro
Bolsonaro tem enfrentado recentemente uma série de controvérsias e investigações. Ele é o alvo principal da operação Tempus Veritatis, e no dia 8 de fevereiro, a Polícia Federal cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva e 48 medidas alternativas contra o ex-presidente e seus apoiadores. A operação busca apurar alegações de uma possível tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro na presidência.
Por causa das investigações em curso, o passaporte de Bolsonaro foi apreendido e está com a Polícia Federal. Recentemente, a defesa de Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a devolução do passaporte sob alegação de que “não há risco de fuga”.