A contribuição à Previdência Social é um assunto que costuma gerar dúvidas, especialmente entre trabalhadores autônomos e empregados sob o regime CLT. A escolha correta dos códigos de contribuição pode ser fundamental para garantir um benefício considerável no futuro. Os autônomos, em particular, enfrentam o dilema de definir um pró-labore sobre o salário mínimo ou estruturar uma estratégia para assegurar um benefício maior ao se aposentarem.
No complexo universo da Previdência Social, a utilização estratégica dos códigos de contribuição pode permitir que um trabalhador receba uma aposentadoria equivalente ao teto do INSS após 15 anos de contribuição, a partir dos 45 anos. Segundo especialistas, como a advogada previdenciária Camila Pellegrino, é viável se aposentar dessa forma desde que se sigam todas as condições legais, como a contribuição sobre o teto do INSS e o cumprimento da idade mínima para aposentadoria.
Como Funciona a Contribuição sobre o Teto do INSS?
Contribuir sobre o teto do INSS significa pagar 20% do valor do teto vigente. Atualmente, esse valor é de R$ 8.157,41, resultando em uma contribuição mensal de R$ 1.631,48. Essa estratégia visa a garantir que o cálculo da aposentadoria seja feito considerando 100% das contribuições feitas ao longo da vida profissional. Para aqueles que sempre tiveram uma progressão salarial ascendente, a média de contribuição tende a ser positiva. Quando a média não é suficiente, há a possibilidade de complementação através da contribuição como autônomo.
Qual é a Melhor Estratégia para Garantir uma Aposentadoria Adequada?
Para os trabalhadores CLT que tiveram flutuações salariais, é essencial acompanhar suas contribuições para evitar uma média que resulte em benefícios menores. Em alguns casos, é recomendável pagar as contribuições de forma complementar, especialmente quando a contribuição da empresa não atinge o teto.
Recorrendo a serviços de consultoria especializada em previdência, como advogados previdenciários, é possível calcular de forma mais precisa os valores necessários para garantir uma aposentadoria satisfatória. Os custos dos serviços podem variar, mas a orientação profissional pode ser vital para traçar a estratégia mais adequada, considerando as mudanças possíveis nas regras previdenciárias.
Qual é a Situação Futura da Previdência Social no Brasil?

De acordo com previsões para 2026, os gastos com a Previdência Social no Brasil devem ultrapassar R$ 1 trilhão, devido ao envelhecimento da população e à alta informalidade no mercado de trabalho. Esse cenário pressiona as finanças públicas, mas as estratégias de contribuição ao INSS continuam sendo uma opção para garantir uma renda vitalícia, diferentemente de planos de previdência privada.
Para minimizar os riscos associados a possíveis mudanças nas regras, é aconselhável diversificar as estratégias de aposentadoria. Investimentos em previdência privada e uma carteira de investimento de longo prazo podem proporcionar mais segurança financeira durante a aposentadoria. As previdências privadas fechadas, especialmente as ligadas a categorias profissionais específicas, surgem como alternativas interessantes, pois costumam oferecer taxas menores e são geridas sem fins lucrativos.