O Governo Federal sancionou recentemente a Lei nº 15.201, estabelecendo o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB), uma iniciativa projetada para mitigar a fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Com a publicação no Diário Oficial da União, a ação visa aprimorar a análise e revisão dos benefícios previdenciários e assistenciais, atualmente observando um grande acúmulo de pedidos. A proposta inclui bônus para servidores e peritos que acelerarem esses processos, oferecendo R$ 68 por processo concluído e R$ 75 por perícia ou análise documental realizada.
Essa medida substitui o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social, encerrado em 2024, retomando o sistema de pagamento de bônus por produtividade. O PGB, cujo caráter de adesão é voluntário, estabelece prioridades focando em processos que estão pendentes há mais de 45 dias, prazos judiciais já vencidos, perícias em áreas desprovidas de atendimento regular e avaliações sociais relacionadas ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Uma das principais diretrizes do programa é a garantia de que o pagamento dos bônus não seja incorporado aos salários, não contarem para aposentadorias ou pensões, e excluem servidores em greve ou em compensação de horas.
Como funciona o Programa de Gerenciamento de Benefícios?
O PGB foi estruturado para funcionar de forma a contemplar todos os pedidos parados, estabelecendo um prazo de 12 meses para sua implementação, com possibilidade de prorrogação até dezembro de 2026. Durante o processo de tramitação no Congresso, algumas alterações foram feitas. Entre elas, o aumento do prazo de bloqueio do BPC de 30 para 60 dias no caso de o INSS não conseguir notificar o beneficiário, além da obrigatoriedade de divulgação de metas e resultados periodicamente.
Quais são as metas e impactos esperados do PGB?

Entre os impactos previstos pelo governo, espera-se uma economia significativa, estimando-se que a revisão de 2,4 milhões de benefícios possa resultar em uma economia de até R$ 4,58 bilhões por ano. O fortalecimento do sistema do INSS e a redução de filas são aspectos cruciais dessa meta que busca não apenas economizar recursos, mas também melhorar a experiência dos cidadãos no acesso a seus direitos previdenciários. A inclusão de tecnologias comunicacionais busca também estabelecer uma interação mais fluida e transparente entre o INSS e seus beneficiários.
Por que a adesão ao Programa é voluntária?
A opção pela adesão voluntária no PGB procura respeitar a autonomia e a realidade dos servidores, já que a obrigatoriedade poderia desrespeitar o cronograma de atendimentos regulares nas agências. O desenho do programa, que evita comprometer a rotina dos atendimentos ordinários, procura, ao mesmo tempo, acelerar a concessão dos benefícios prioritários, garantindo que as soluções sejam aplicadas de forma célere e eficaz. O foco é criar um ambiente colaborativo em que todos trabalhem com um objetivo comum: o de diminuir as filas e agilizar o processo de concessão de benefícios.
Essa iniciativa representa um passo importante na modernização do sistema previdenciário do Brasil, ressaltando a importância de uma gestão eficiente e centrada nas necessidades dos cidadãos. A expectativa é que, através do PGB, o governo consiga não só zerar a fila de espera do INSS, mas também assegurar a qualidade dos serviços prestados à população. Esse movimento mostra o compromisso contínuo em melhorar a experiência do cidadão e administrar recursos públicos com responsabilidade e transparência.