No dinâmico mundo da indústria automotiva, a tradição e a inovação frequentemente andam de mãos dadas. Um exemplo dessa sinergia é o resgate de nomenclaturas icônicas para novos modelos de carros. Esta prática comum, adotada por muitas montadoras, busca capitalizar sobre o histórico de êxito de nomes que outrora conquistaram a preferência dos consumidores. Utilizar a reputação associada a um nome pode acelerar a aceitação de um modelo inédito no mercado competitivo.
O Citroën C3 Aircross é um dos exemplares dessa tendência. Este veículo ressuscita nomes estabelecidos para a marca francesa em território brasileiro; “C3” remete ao conhecido hatch compacto, enquanto “Aircross” evoca o monovolume das décadas passadas. Atualmente, esse SUV compacto se destaca por transportar até sete passageiros e um motor 1.0 turbo flex de 130 cv. Fabricado no Brasil, em Porto Real, o modelo oferece uma gama de recursos como direção assistida, central multimídia e freios ABS, com preços variando de R$ 121.600 a R$ 145.690, frequentemente com descontos atrativos.
Quais outros modelos seguiram essa estratégia?
Outro exemplo notável é o Mitsubishi Eclipse Cross. Embora o nome “Eclipse” fosse inicialmente relacionado a um cupê esportivo, agora ele nomeia um SUV médio. Esta estratégia não apenas mantém vivo um nome robusto no imaginário popular, mas também alavanca a transição da marca para novos segmentos. Com um motor 1.5 turbo a gasolina e preços entre R$ 169.990 e R$ 225.990, o Eclipse Cross exibe um design imponente e equipamentos que atraem os consumidores.
A Chevrolet Captiva também traçou um caminho inovador, transformando-se de um SUV convencional para um modelo elétrico contemporâneo. Todavia, na China, é conhecido por um nome alternativo, Wuling Starlight S. Com dimensões amplas e capacidade de 204 cv, este SUV está prestes a ingressar no mercado brasileiro para competir com rivais como o BYD Yuan Plus, embora ainda não haja uma data exata de lançamento.
Por que nomes fortes são tão valiosos no setor automotivo?

A persistência de nomes como “Yaris” demonstra seu valor. O Toyota Yaris Cross foi introduzido após os compactos Yaris serem descontinuados no Brasil. Este novo SUV compacto visa reforçar a presença da Toyota entre modelos concorridos. Produzido em São Paulo, ele trará motorização a combustão e híbrida, com previsão de preço entre R$ 130 mil e R$ 185 mil, e sua chegada estimada para o fim do ano.
A reinvenção do Jeep Cherokee ilustra a resiliência de um nome icônico. Embora retirado de linha em 2023, o Cherokee retorna com uma nova geração que promete rememorar seu legado. Com produção prevista no México, sua motorização eletrificada o coloca em sintonia com as tendências atuais do mercado automotivo, abrindo a possibilidade de um retorno ao mercado brasileiro, o que mantém os entusiastas esperançosos.
O futuro desses modelos no mercado global
Em um setor onde a tradição e a inovação são igualmente importantes, a revitalização de nomes clássicos de automóveis não é apenas uma estratégia de marketing, mas uma homenagem ao legado das montadoras. Para o consumidor, essa prática oferece um misto de nostalgia e novidade, combinando confiabilidade com avanços tecnológicos. A habilidade de renovar marcas enquanto se adapta às demandas contemporâneas é essencial para qualquer montadora que busque se manter relevante nesse campo altamente competitivo.