Entre os dias 14 e 20 de junho de 2025, o Rio Grande do Sul enfrentou um dos períodos mais intensos de chuva dos últimos anos, resultando em dezenas de cidades atingidas, milhares de famílias desalojadas e danos em infraestrutura essenciais. Em resposta a esse contexto de calamidade, o governo estadual implementou uma nova etapa do auxílio emergencial para apoiar pessoas em situação vulnerável devido às enchentes. A medida faz parte do programa Volta por Cima, criado para fornecer suporte através do Caixa Tem imediato às vítimas de desastres naturais.
O benefício, que pode chegar a R$ 2.500, será transferido diretamente para o Cartão Cidadão das famílias elegíveis, de modo a garantir agilidade no repasse dos recursos. Além disso, o valor poderá ser movimentado de forma facilitada pelo aplicativo Caixa Tem, ampliando o acesso, inclusive para aqueles que perderam documentos ou não têm disponibilidade para deslocamentos.
Quem tem direito ao auxílio emergencial pelo Caixa Tem?
O auxílio emergencial foi direcionado a moradores dos municípios que tiveram decretos de emergência ou calamidade reconhecidos pelo poder público estadual. São atendidas famílias desalojadas ou desabrigadas pelas chuvas, devidamente inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e classificadas como pobres ou extremamente pobres, desde que os dados cadastrais tenham sido atualizados no último ano. Além disso, é necessário residir em áreas mapeadas oficialmente como atingidas pelo desastre.
A identificação dos beneficiários segue um processo automatizado, com cruzamento de informações do CadÚnico e análise de imagens de satélite SAR, que detectam regiões alagadas mesmo quando o céu está nublado ou durante a noite. Caso alguma família que atenda aos critérios não seja localizada pelo sistema, as prefeituras podem realizar o cadastro manual mediante orientação da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social.
Como acontece o pagamento do Volta por Cima?
A transferência do recurso acontece por meio do Cartão Cidadão, já utilizado em outros benefícios no estado. Para beneficiários que já possuem o cartão, não é necessário novo cadastro; o valor será liberado automaticamente. Quem ainda não tem acesso ao dispositivo poderá retirá-lo nas agências do Banrisul a partir de 15 de julho, garantindo que as famílias recebam o apoio no tempo adequado para amenizar as dificuldades enfrentadas durante e após as enchentes.
O prazo estabelecido pelo governo para saques se estende até 30 de novembro de 2025. Após essa data, os recursos que não tiverem sido retirados retornam para os cofres públicos estaduais, tornando essencial que os beneficiários fiquem atentos ao calendário e às orientações oficiais para não perderem o direito ao auxílio emergencial.

Quais medidas complementares estão previstas para as famílias afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul?
Segundo informações da administração estadual, existe a possibilidade de aumento do valor do benefício, conforme avaliação dos danos e da necessidade de cada família atingida. O Volta por Cima é apenas uma das iniciativas compreendidas pelo Plano Rio Grande, uma abordagem mais ampla voltada para a reconstrução das cidades e fortalecimento da resiliência diante de eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes. Desde sua criação em 2023, o programa já beneficiou mais de 120 mil famílias e distribuiu mais de R$ 287 milhões em recursos emergenciais.
- Organização da distribuição dos recursos conforme o reconhecimento legal dos decretos de calamidade.
- Ampliação potencial dos valores, definindo critérios baseados na extensão dos prejuízos e perfil socioeconômico das famílias.
- Acompanhamento das fases de reconstrução urbana, incluindo moradias, escolas e unidades de saúde das regiões atingidas.
- Consulta ao direito ao benefício pode ser feita online, informando o CPF pelo site oficial do programa Volta por Cima.
- O pagamento é realizado tanto para titulares já inscritos no CadÚnico, quanto para novos beneficiários, mediante procedimentos validados pelas prefeituras.
- A assistência tem como foco garantir dignidade e condições mínimas para a retomada da rotina das famílias impactadas pelos temporais.
As ações desenvolvidas pelo governo do Rio Grande do Sul frente aos desastres climáticos representam um passo importante na proteção da população vulnerável e na reconstrução das áreas devastadas. O auxílio emergencial financeiro, aliado a estratégias de acompanhamento social e reconstrução, busca amenizar o impacto dos eventos climáticos extremos e fortalecer a capacidade de resposta do estado perante futuras ocorrências.