Nos últimos anos, o treino em jejum tem ganhado popularidade entre aqueles que buscam uma maneira eficaz de aumentar a queima de gordura. Fatores como conveniência e preferência por treinos matinais motivam essa escolha, mas a prática também levanta questões importantes sobre seus efeitos no organismo e como ela realmente funciona.
Ao iniciar o dia com exercícios sem alimentação prévia, muitos acreditam que a redução de glicose e insulina no organismo favorece a utilização de gordura como fonte de energia primária. Embora essa teoria possa soar promissora, especialistas alertam para possíveis riscos associados.
Quais são os benefícios do treino em jejum?
Possíveis benefícios do treino em jejum:
- Aumento da queima de gordura: durante o jejum, os níveis de insulina estão baixos, o que favorece a utilização da gordura como fonte de energia durante o exercício.
- Melhora da sensibilidade à insulina: alguns estudos sugerem que o treino em jejum pode ajudar a melhorar a forma como o corpo utiliza a insulina, hormônio responsável por regular os níveis de açúcar no sangue.
- Aumento dos níveis de hormônio do crescimento: o hormônio do crescimento (GH) desempenha um papel importante na construção muscular e na queima de gordura. Alguns estudos indicam que o treino em jejum pode aumentar a produção de GH.
- Adaptação metabólica: ao treinar em jejum, o corpo se adapta para utilizar a gordura como fonte de energia de forma mais eficiente.

Quais são os potenciais riscos?
Embora o treino em jejum possa ser uma ferramenta para emagrecimento, ele vem com riscos inerentes. A falta de nutrientes disponíveis durante o esforço físico pode clarear sinais de alerta no corpo, como tonturas, fadiga e dificuldades de concentração. É crucial que os praticantes reconheçam esses sinais como um aviso de excesso de estresse fisiológico.
Para aqueles cuja meta é a hipertrofia, a prática pode ser desvantajosa. A falta de reservas adequadas de energia pode levar à utilização de proteínas dos músculos, contrariando o objetivo de aumento muscular.
Quem deve evitar o treino em jejum?
Certos grupos de pessoas são particularmente aconselhados a evitar a prática de atividades físicas em jejum. Pessoas com condições como distúrbios de pressão arterial, diabetes e cardiopatias devem ter cautela. Idosos, gestantes e aqueles que ainda estão introduzindo o exercício físico em suas rotinas também devem considerar outro regime alimentar pré-treino.
Profissionais da saúde enfatizam a importância de uma abordagem personalizada, recomendando consultas a médicos, nutricionistas e educadores físicos antes de adotar essa rotina.
Algumas orientações sobre o treino em jejum:
- Intensidade e duração: a intensidade e a duração do treino em jejum devem ser adequadas para evitar a perda de massa muscular e o comprometimento do desempenho.
- Individualidade: a resposta ao treino em jejum varia de pessoa para pessoa. O que funciona para um indivíduo pode não funcionar para outro.
- Acompanhamento profissional: é fundamental consultar um profissional de educação física e um nutricionista antes de iniciar qualquer programa de treino, especialmente se você tiver alguma condição de saúde pré-existente.
O treino em jejum representa uma abordagem complexa que pode trazer tanto benefícios quanto desafios. Em última instância, o sucesso dessa prática depende de uma avaliação individual dos riscos e recompensas envolvidos, sempre com a orientação de profissionais qualificados para assegurar que a saúde e o bem-estar sejam mantidos.
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