O Bitcoin alcançou a maior cotação de sua história nesta terça-feira (19), superando a marca de US$ 92,6 mil. Este avanço vem acompanhado de um acumulado impressionante em novembro, com a criptomoeda subindo mais de 32% no período. Por volta das 10h20, a criptomoeda registrava alta de 2,1% nas últimas 24 horas, sendo negociada a US$ 92.410. Ao contrário de outros ativos, o mercado de criptomoedas opera de forma ininterrupta, oferecendo oportunidades constantes para investidores.
Segundo análise de Fernando Pereira é analista CNPI, gerente de conteúdos da Bitget, na semana passada foi realizado mais de US$ 25 bilhões em lucros no Bitcoin, um valor extremamente alto e que fez o preço consolidar nos $90k.
“O baixo volume no final de semana após esse movimento mostra que a força compradora está se esgotando. Compras nessa região de preço são arriscadas, e podemos ver quedas durante a semana”, explicou o analista.
Expectativas para o governo Trump impulsionam criptoativos
A recente valorização do Bitcoin está atrelada ao otimismo dos investidores em relação ao futuro governo de Donald Trump nos Estados Unidos. Espera-se que o republicano, conhecido por sua postura mais flexível em relação às regulamentações financeiras, adote políticas que favoreçam o setor de criptoativos. Entre as promessas de campanha de Trump, destaca-se a criação de um “estoque nacional estratégico de bitcoins”, um movimento que visa proteger os bitcoins confiscados por agências e posicionar o ativo como um recurso econômico para fortalecer o dólar.
Israel Buzaym, especialista em cripto do Bitybank, aponta que dados da blockchain indicam uma confiança crescente nas perspectivas de longo prazo para o Bitcoin, além de uma oferta limitada que reduz a probabilidade de quedas abruptas. No entanto, ele adverte sobre a possibilidade de realização de lucros: “Apesar disso, é importante estar atento a uma possível realização de lucros ao nos aproximarmos dessa marca psicológica”.
A proposta de Trump para criar uma reserva nacional de bitcoins é vista como uma estratégia para transformar o ativo em um ponto de suporte econômico. O objetivo é garantir que o Bitcoin se torne um aliado do dólar em cenários futuros, reforçando a posição dos Estados Unidos no mercado financeiro global.