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Ibovespa fecha em queda com IPCA e decepção com a China

Redação BM&C NewsPor Redação BM&C News
08/11/2024

Segundo análise de Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital, hoje o Ibovespa recuou fortemente, refletindo tanto questões externas quanto internas. Externamente, a China decepcionou ao anunciar um pacote de estímulos que ficou aquém das expectativas do mercado, impactando as empresas de commodities brasileiras, especialmente a Vale, cujo desempenho depende bastante do apetite chinês por minério de ferro.

Além disso, o fraco estímulo chinês gerou uma queda nas commodities metálicas, que pressionam o Ibovespa para baixo. Internamente, na minha visão, a inflação medida pelo IPCA acima das expectativas trouxe um cenário de incerteza em relação à política de juros. Fica claro que esse resultado alimenta a possibilidade de que o Banco Central mantenha a Selic elevada por um período prolongado, o que pressiona os juros futuros e gera aversão ao risco entre investidores, tornando o ambiente doméstico ainda mais desafiador.

Além disso, a falta de clareza sobre o pacote de corte de gastos do governo brasileiro aumenta o desconforto fiscal, provocando mais incertezas sobre a saúde financeira do país e afastando investidores estrangeiros. Sobre o IPCA, o fato é que, ao sinalizar uma inflação persistente e acima do teto da meta, se exige uma resposta firme do Banco Central. Porém, o risco é que um aumento adicional da Selic pode desacelerar a economia, sem resolver o problema fiscal de longo prazo que exige uma resposta governamental mais urgente e concreta.

Entre as altas, temos Embraer, que apresentou lucro sete vezes maior que o ano anterior, o que gerou forte valorização de 7,75% e fez a ação liderar os ganhos do Ibovespa. A empresa acumula alta de 140% em 2024, com o valor de mercado chegando a R$ 39,9 bilhões. Magazine Luiza também sobe após reportar lucro de R$ 102,4 milhões no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 498,3 milhões do mesmo período de 2023. A estratégia de focar na lucratividade agradou o mercado, elevando suas ações em 1,28%.

Outra alta é de Natura, que teve prejuízo de R$ 6,693 bilhões no terceiro trimestre, em grande parte devido ao efeito não-caixa da recuperação judicial da Avon. Apesar disso, o resultado superou as projeções de mercado, fazendo com que as ações subissem 0,42%. Entre as quedas, temos Lojas Renner, que apresentou lucro líquido de R$ 255,3 milhões no terceiro trimestre, 47,7% superior ao ano passado e acima do esperado. Contudo, a falta de perspectivas otimistas na teleconferência e a exclusão do índice MSCI desanimaram o mercado, resultando em queda de 5,42%.

Vale cai também com perda de R$ 17 bilhões em valor de mercado, devido à decepção do mercado com o pacote de estímulo econômico da China, que afetou as commodities e gerou desvalorização de ações do setor. Outras quedas são de Usiminas e CSN, que também sofreram quedas significativas. Assim como a Vale, essas empresas foram impactadas negativamente pela falta de estímulo suficiente da China para o mercado de commodities.

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Juros futuros e dólar

O aumento dos juros futuros hoje, na minha opinião, reflete uma situação preocupante para o investidor, que está claramente sem confiança na capacidade do governo de lidar com a inflação e a questão fiscal. O IPCA de outubro acima do esperado reforça a visão de que o problema inflacionário é persistente e a inflação acumulada já ultrapassa o teto da meta, mostrando que o Banco Central terá dificuldades para estabilizar os preços sem juros mais altos.

A demora para apresentar um plano de corte de gastos não só frustra o mercado, mas também expõe uma falta de compromisso em enfrentar a realidade fiscal do país. Esse pacote, que já gera pouca expectativa, parece cada vez mais incerto, o que contribui para a alta das taxas longas, sinalizando um cenário de instabilidade duradoura. No fundo, essa indefinição somada à desvalorização cambial cria um clima de desconfiança, forçando o mercado a precificar um risco maior na economia brasileira.

O movimento do dólar hoje é impulsionado principalmente por três fatores: a decepção com o novo estímulo fiscal da China, as incertezas em torno do pacote de corte de gastos do governo brasileiro e o avanço da inflação no Brasil. O anúncio do estímulo chinês não foi suficiente para aumentar a demanda interna por commodities, o que impactou negativamente moedas de países emergentes, como o real. Além disso, a falta de clareza sobre o conteúdo e a abrangência do pacote fiscal brasileiro gera insegurança entre os investidores, o que eleva o risco percebido e aumenta a busca por proteção no dólar.

A inflação em alta pressiona o Banco Central a subir a Selic, mas isso não necessariamente ajuda a fortalecer o real, pois as incertezas econômicas internas dificultam que o diferencial de juros se torne atrativo para o capital estrangeiro. Combinados, esses fatores, sem dúvida, aumentam a aversão ao risco, e como é sexta-feira, há ainda uma busca adicional por segurança antes do fim de semana, o que amplia a alta do dólar em relação ao real.

Confira aqui os dados de fechamento do Ibovespa e demais índices

  • Ibovespa: 127.829,80 (-1,43%)
  • S&P 500: 5.995,54 (+0,38%)
  • Nasdaq: 19.286,78 (+0,09%)
  • Dow Jones: 43.988,99 (+0,59%)
  • Dólar: R$ 5,73 (+1,07%)
  • Euro: R$ 6,14 (+0,45%)
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Tags: Fixo
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