O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) enfrentou um período tumultuado entre julho e setembro de 2024, marcado por uma greve ampla de seus servidores. O movimento, que iniciou no dia 10 de julho, quase chegou ao fim após a assinatura de um acordo com algumas das principais confederações representantes dos trabalhadores. Entretanto, desafios ainda persistem, com uma parte dos servidores mantendo a paralisação.
Atualizações sobre a Greve do INSS: Movimentações e Acordos
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) reembolsou os servidores que participaram da greve ocorrida entre julho e setembro, após o fechamento de um acordo para encerrar o movimento. Contudo, aqueles que continuam em greve enfrentarão descontos salariais por parte dos dias não trabalhados. A paralisação havia iniciado em 10 de julho, e tornou-se quase um encerramento depois que acordos foram firmados com a CNTSS (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social) e a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal).
Consequências dos Acordos de Greve
O acordo de greve não apenas determinou o pagamento dos dias parados, mas também garantiu reajustes salariais significativos para os trabalhadores. Os servidores do INSS receberam um ajuste de 9% em 2023, alinhado com as iniciativas do atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para recompor salários no funcionalismo público após um longo período sem aumentos.
- Reajuste de 9% em janeiro de 2025
- Aumento de 9% novamente em abril de 2026
- Reestruturação da carreira, aumentando os níveis de 17 para 20
Contexto e Motivações da Greve do INSS
A greve dos servidores do INSS foi motivada por uma série de reivindicações, incluindo melhores condições de trabalho, a reestruturação da carreira e aumentos salariais. O INSS, responsável por uma ampla gama de serviços previdenciários, enfrenta um déficit de pessoal significativo, o que intensifica a carga de trabalho sobre os atuais empregados. Essa situação, segundo os sindicatos, foi um dos motivadores principais para o movimento grevista.
Negociações e Acordos Firmados
Durante o período de greve, negociações entre o INSS e representantes dos trabalhadores foram conduzidas para encontrar uma solução. Os acordos finais foram assinados com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS) e a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef). Tais acordos preveem reajustes salariais de 9% a partir de janeiro de 2025 e abril de 2026, além de uma reestruturação de carreira que eleva o número de níveis de 17 para 20.
Situação dos Grevistas que Não Assinaram os Acordos
Apesar dos acordos, cerca de cem servidores permanecem em greve. Esta parcela significativa dos trabalhadores é majoritariamente vinculada a sindicatos da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) e ao SINSSP, sindicato dos técnicos do seguro social de São Paulo. Estes grupos não aceitaram os termos propostos pelo governo, e continuam suas demandas, incluindo a busca pela revogação de descontos salariais pelos dias parados.
Impactos e Desdobramentos Futuros
A greve do INSS teve repercussões consideráveis tanto para a administração do instituto quanto para seus usuários. Durante o movimento, a capacidade de atendimento foi substancialmente reduzida, atrasando processos e análise de benefícios. No âmbito legal, duas ações foram protocoladas na Justiça, com um acordo validado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) que buscou encerrar a paralisação formalmente. No entanto, as negociações permanecem ativas para tentar integrar todas as partes envolvidas em busca de uma solução definitiva.
Próximos Passos e Negociações
Embora a maioria dos servidores tenha voltado ao trabalho, cerca de cem ainda permanecem em greve, influenciados principalmente pelos sindicatos da Fenasps. Uma série de protestos ocorreram em Brasília, incluindo um ato simbólico que chamou atenção para a condição da Previdência Social. Em uma reunião recente, representantes dos servidores conseguiram dialogar com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que prometeu intermediar negociações no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).
O INSS considera que a greve foi encerrada, destacando que as negociações judiciais já foram oficializadas. No entanto, a resistência de entidades como a Fenasps e o SINSSP, sindicato dos técnicos do seguro social de São Paulo, continua a representar um obstáculo para a unificação de acordo completo.