A Caixa Econômica Federal anunciou que manterá as atuais taxas de juros para financiamento habitacional , apesar do aumento recente de 0,25% na taxa básica de juros, a Selic. Segundo Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da instituição, as taxas competitivas da Caixa, que chegam a 9,3% ao ano para clientes com relacionamento, continuarão vigentes para apoiar o setor.
Estratégias para o Crédito Habitacional em 2024 da Caixa Econômica Federal

Para o próximo ano, a Caixa Econômica Federal projeta um orçamento robusto para o crédito imobiliário, estimado em R$ 70 bilhões. De acordo com Magalhães, não será necessário ajustar as taxas devido ao funding estável, composto majoritariamente por recursos da poupança e Letras de Crédito Imobiliário (LCI). A instituição está focada em utilizar esse capital principalmente para atender clientes pessoas físicas, visando impulsionar o mercado habitacional.
Negociações com o Governo e Recursos Adicionais
Em parceria com o Ministério da Fazenda, a Caixa Econômica Federal discute formas de ampliar a disponibilidade de recursos para crédito habitacional, especialmente em um cenário de baixa captação pela poupança. Essas medidas visam garantir o fluxo de investimentos no setor, mesmo frente à pressão exercida sobre o FGTS, que tradicionalmente complementa o funding do crédito imobiliário.
Impacto no Mercado Imobiliário
Especialistas do setor avaliam que a decisão da Caixa Econômica Federal de manter as taxas de juros estáveis será benéfica para o mercado. Ricardo Gava, da Gava Crédito Imobiliário e integrante do Secovi-ES, destaca que a postura da Caixa traz segurança aos investidores e compradores. Ele aponta que, mesmo em períodos onde a Selic esteve em patamares mais altos, as taxas para financiamento habitacional não sofreram alterações significativas, o que contribui para a estabilidade do setor.
Facilitação no Pagamento de Financiamentos
Além das condições de taxas, a Caixa Econômica Federal oferece prazos de pagamento que se estendem por até 35 anos, o que corresponde a 420 parcelas. Este modelo permite que mais famílias possam alcançar o sonho da casa própria, com parcelas que se ajustem melhor ao orçamento familiar. Essa política de prazos longos facilita a aprovação de crédito e torna mais acessível a compra de imóveis, mesmo em um cenário econômico desafiador.