O mês de outubro é sinônimo de conscientização sobre o câncer de mama, uma doença que impacta a vida de mais de 2,3 milhões de mulheres globalmente. No Brasil, a previsão para 2024 é alarmante, com mais de 73 mil novos casos esperados. A boa notícia é que, quando diagnosticada precocemente, a doença tem uma alta taxa de sucesso no tratamento. É por isso que a campanha Outubro Rosa ganha destaque, buscando aumentar a consciência e a prevenção.

O que é o câncer de mama?
O câncer de mama é uma doença caracterizada pelo crescimento desordenado de células anormais na mama. Essas células se multiplicam rapidamente, formando um tumor que pode invadir tecidos próximos e, em alguns casos, se espalhar para outras partes do corpo (metástase).
Quais são os principais sintomas?
- Nódulo: Um caroço endurecido na mama, muitas vezes indolor, é um dos sinais mais conhecidos. No entanto, nem todos os nódulos são cancerígenos.
- Alterações no tamanho ou formato da mama: Uma mama pode ficar maior ou mais firme do que a outra.
- Vermelhidão ou descamação da pele da mama: A pele pode parecer uma casca de laranja.
- Dor no mamilo ou na mama: A dor não é um sintoma comum do câncer de mama, mas pode ocorrer.
- Inversão do mamilo: O mamilo se retrai para dentro da mama.
- Secreção anormal pelo mamilo: Um líquido claro, sanguinolento ou amarelado pode sair do mamilo.
- Inchaço nas axilas ou no pescoço: Os linfonodos podem aumentar de tamanho.
Outros sintomas menos comuns, mas que podem ocorrer, incluem:
- Edema (inchaço) da mama: A mama pode ficar inchada e dolorida.
- Dor nas costas: Em casos mais avançados, o câncer de mama pode causar dor nas costas.
Quais são os principais fatores de risco?
É importante ressaltar que ter um ou mais fatores de risco não significa necessariamente que você desenvolverá câncer de mama. No entanto, conhecer esses fatores é fundamental para a prevenção e diagnóstico precoce.
Principais fatores de risco:
- Idade: O risco aumenta com a idade, sendo mais comum em mulheres acima de 50 anos.
- Histórico familiar: Ter parentes próximos com câncer de mama, especialmente mãe, irmã ou filha, aumenta o risco.
- Mutações genéticas: Mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 aumentam significativamente o risco.
- Menarca precoce: Menstruação antes dos 12 anos.
- Menopausa tardia: Menopausa após os 55 anos.
- Primeira gravidez após os 30 anos: Mulheres que tiveram seu primeiro filho após os 30 anos têm um risco ligeiramente maior.
- Nuliparidade: Mulheres que nunca engravidaram têm um risco ligeiramente maior.
- Uso de contraceptivos hormonais: O uso prolongado de anticoncepcionais hormonais pode aumentar levemente o risco.
- Terapia de reposição hormonal: O uso de terapia de reposição hormonal na menopausa pode aumentar o risco.
- Obesidade: O excesso de peso, especialmente após a menopausa, está associado a um maior risco.
- Sedentarismo: A falta de atividade física regular pode aumentar o risco.
- Consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool está relacionado a um maior risco.
- Densidade mamária: Mamas com alta densidade podem dificultar a detecção do câncer em exames de imagem.
Fatores que não podem ser modificados:
- Sexo feminino: O câncer de mama é muito mais comum em mulheres do que em homens.
- Raça: Algumas raças têm maior incidência da doença.
Fatores que podem ser modificados:
- Manter um peso saudável: Adotar uma dieta equilibrada e praticar atividade física regularmente.
- Amamentar: A amamentação está associada a um menor risco.
- Limitar o consumo de álcool: Reduzir ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
- Realizar exames preventivos: Fazer mamografias e outros exames de imagem regularmente, conforme orientação médica.
Quais são os métodos de diagnóstico e tratamento?
Para o diagnóstico é preciso identificar o tipo específico de tumor através de exames como o anatomopatológico e a imuno-histoquímica. Com essas análises, é possível definir o melhor plano de tratamento, que pode incluir:
- Cirurgia
- Quimioterapia
- Radioterapia
- Hormonioterapia
- Imunoterapia
Cada caso é único, e nem todas as pacientes precisarão de todas as abordagens. É essencial buscar um especialista para realizar a avaliação adequada e seguir o tratamento indicado.
Qual a importância dos exames preventivos?
A realização regular de mamografias é um passo crítico na detecção precoce do câncer de mama. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, é recomendado que mulheres acima de 40 anos realizem o exame anualmente, enquanto o Ministério da Saúde sugere um intervalo de dois anos entre 50 e 69 anos.
- Consultas regulares com um mastologista
- Exames de imagem recomendados conforme a faixa etária
- Conscientização de histórico familiar e possíveis sinais de alerta
Já para mulheres mais jovens, a indicação da mamografia depende da avaliação médica, sobretudo se há histórico familiar ou presença de nódulos suspeitos.
Por fim, é crucial que as mulheres mantenham uma comunicação aberta com seus médicos e estejam informadas sobre as práticas preventivas, que podem ser essenciais para a sua saúde e bem-estar a longo prazo. O movimento Outubro Rosa é mais do que uma campanha; é um chamado à ação para salvar vidas. Portanto, participe, informe-se e cuide-se!
Para mais informações:
- Instituto Oncoguia: https://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-do-cancer-de-mama/1383/34/
- Instituto Nacional de Câncer (INCA): https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-de-mama/fatores-de-risco
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