Nesta quarta-feira, 11, o preço do petróleo volta a subir, com o barril do Brent sendo cotado novamente acima de US$ 70. Ontem a comodity energética registrou o menor valor desde 2021. O declínio recente na cotação está diretamente ligado à crescente preocupação no mercado internacional com a desaceleração da economia global, em especial com o desempenho da China, um dos maiores consumidores de petróleo no mundo.
Mesmo com essa queda significativa no preço do barril, a Petrobras adota uma postura cautelosa em relação aos preços dos combustíveis no mercado interno. Desde a implantação de sua nova política de preços em maio de 2023, a estatal tem buscado suavizar as oscilações do mercado internacional, evitando reajustes frequentes. A decisão reflete a estratégia da empresa de garantir estabilidade de preços, mesmo em meio à volatilidade externa.
Dados da Abicom indicam que a Petrobras está vendendo gasolina acima da paridade desde agosto. Leia mais sobre o tema aqui. No entanto, o mercado não espera que a estatal faça ajustes nos preços dos combustíveis de imediato. Segundo fontes da Folha de S. Paulo, a companhia deve aguardar mais estabilidade nas cotações internacionais antes de definir qualquer corte nos preços. O cenário atual de volatilidade impede que um novo patamar de preços seja estabelecido com segurança.
Apesar das pressões externas, a Petrobras mantém sua política de não antecipar decisões de reajuste, preferindo aguardar sinais mais concretos do mercado. Analistas destacam que o recente ajuste no preço do petróleo reflete uma resposta contínua à demanda global enfraquecida, aliada ao aumento da oferta em várias regiões, incluindo o Brasil.
Segundo Frederico Nobre, analista da Warren Investimentos, a desaceleração da economia global, em especial a revisão de demanda da China, maior importador de petróleo, está impactando diretamente os preços da commodity. “‘A OPEP revisou o crescimento de demanda de petróleo devido aos dados fracos da China, o que pesa no sentimento de preço. Essa combinação de fatores, somada ao aumento da oferta de países fora da OPEP, tem criado um cenário de incerteza sobre a demanda futura”, afirmou em análise no programa Pre-Market, da BM&C News.