Gestores multimercados estão unânimes em acreditar que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manterá a Selic em 10,50% após a reunião desta quarta-feira (31). Essa previsão se mantém para a taxa de juros até o final do ano, mas a mesma estabilidade não é esperada para o comportamento do dólar.
De acordo com uma pesquisa da XP com gestoras divulgada nesta terça-feira (30), a expectativa de queda nos juros dos Estados Unidos nos próximos meses influenciou as carteiras de investimentos, refletindo a aposta de que a moeda americana enfraquecerá até o fim de 2024. Veja mais análises aqui.
A superquarta volta ao cenário do mercado, depois de um descompasso de 3 meses, quando as reuniões do FED e do Copom não coincidiram. Diversos bancos centrais ao redor do mundo se reúnem para decidir os rumos da política monetária de seus respectivos países. Além da reunião do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos e do Copom no Brasil, haverá decisões do Banco do Japão (BoJ) e do Banco da Inglaterra (BoE).
Nos Estados Unidos, a expectativa é de que a autoridade monetária forneça sinais mais claros sobre um possível primeiro corte de juros em setembro. “O Fomc desta semana deve abrir a porta para um corte de juros na reunião de setembro, quando o Fed trará revisão de suas projeções, mas sem se comprometer, mantendo a cautela diante das incertezas com os próximos dados. Powell fará uma leitura ‘dovish’ dos últimos dados, mas deve dizer que precisa de mais números favoráveis de inflação nos próximos meses para garantir confiança necessária em cortar juros”, analisa Andressa Durão, economista do ASA.
