Em uma decisão recente que pode mudar o panorama do comércio exterior brasileiro, o governo e a Câmara dos Deputados estão trabalhando em conjunto para estabelecer novas regras tributárias para importações de baixo valor. Esta medida pretende regulamentar a competitividade da indústria nacional frente aos gigantes do e-commerce internacional.
A iniciativa liderada pelo deputado Átila Lira (PP-AL) surge como uma resposta a uma crescente pressão da indústria nacional, que se vê cada vez mais ameaçada pela concorrência desleal de produtos importados que, até então, entravam no país com taxas muito vantajosas ou inexistentes. A proposição vislumbra ajustes significativos nas alíquotas aplicadas às pequenas importações.
Qual é o novo panorama de imposto para as compras internacionais?

Até o momento, pequenas compras internacionais de até US$ 50 eram beneficiadas por uma isenção tributária que facilitava a entrada de produtos sem grandes encargos. No entanto, essa brecha no sistema tributário resultou em uma prática crescente de subvalorização e fraude por grandes varejistas digitais, causando desequilíbrio no mercado nacional. A solução encontrada foi a introdução de uma nova política fiscal.
Como ficam as alíquotas de imposto com o novo projeto?
A partir de agora, com o novo esquema de tributação, as importações de até US$ 50 passarão a ser taxadas com uma alíquota federal de 25%, enquanto que para valores superiores a US$ 50,01, a alíquota será mantida em 60%. Esse ajuste busca não apenas conter as fraudes, mas também reequilibrar a balança comercial a favor dos produtores nacionais.
O que muda para o consumidor e para a indústria nacional?
- Para consumidores, o custo final de produtos importados de baixo valor pode aumentar, refletindo diretamente no preço de venda ao consumidor final.
- Para a indústra nacional, essa medida é um incentivo, pois reduz a vantagem competitiva dos produtos importados, valorizando a produção local.
Além das mudanças tributárias, o projeto também incluiu um chamado “jabuti”, que foi anexado ao PL do Mover. Esse adendo legal visa incentivar práticas de descarbonização e inovação no setor automotivo, mostrando que a alteração da tributação na importação vem acompanhada de um olhar atento às necessidades de modernização e sustentabilidade.
Em resumo, a nova política tributária para importações é um passo significativo na proteção da indústria brasileira e na promoção de práticas comerciais mais justas e equilibradas. Com essas mudanças, espera-se não apenas estimular a economia local, mas também coibir práticas de evasão fiscal que prejudicam o desenvolvimento do país.