O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira (2), na volta do feriado de Dia do Trabalho no Brasil, em que os mercados locais ficaram fechados. Os investidores reagiram aos principais eventos da véspera, em especial as falas do presidente do BC americano e a melhora na perspectiva do rating brasileiro pela Moody’s. Balanços do Bradesco e WEG também ficaram no radar.
Segundo a análise de Anderson Silva, head de renda variável e sócio da GT Capital, com a manutenção dos Juros pelos EUA, e uma temporada de balanços que se inicia aqui no Brasil com algumas das principais empresas do IBOV apresentando resultados pouco abaixo do esperado, conforme o esperado ou até acima do esperado pelo mercado, vemos a bolsa visitando novamente a casa dos 127 mil pontos.
Outro fator que colabora para o otimismo é a elevação da dívida soberana do Brasil de estável para positiva. Além disso, com um maior controle da nossa inflação graças a manobras bem acertadas do BC, vemos as curvas futuras de juros arrefecendo e dólar diminuindo o viés de alta na semana.
A ideia é simples. Taxas de juros mais baixas significam custos de empréstimos mais baixos para as empresas. Então, na minha visão, isso pode tornar o financiamento mais acessível e mais barato, permitindo que as empresas invistam em projetos de expansão, pesquisa e desenvolvimento, ou em outras áreas que impulsionem o crescimento. Além disso, taxas de juros mais baixas também podem estimular o consumo, já que os consumidores tendem a gastar mais quando os empréstimos são mais baratos.
Isso pode beneficiar as empresas que dependem do consumo doméstico, levando a um aumento nas vendas e receitas. Por isso, entre as altas do dia, vemos CVCB3, BHIA3 e MGLU3, que se beneficiam desse cenário que vem sendo projetado. No lado oposto, entre as quedas, vemos um movimento de realização em EMBR3, depois de semanas de alta. O mesmo movimento de realização de lucros ocorre com WEGE3 e BBDC4, que ainda não conseguiu convencer os investidores que está no caminho certo para retomar o caminho que faça valer o risco/retorno para o acionista.
No dólar, após uma arrancada muito forte que levou a moeda dos R$4,90 até os R$5.31, vemos finalmente um movimento de ajuste/correção para ficar no que imagino que deva ser sua nova área de negociação nas próximas semanas que é entre R$5,00 e R$5,20.
Confira o fechamento do Ibovespa e demais índices:
- Ibovespa: 127.122,25 (+0,95%)
- S&P 500: 5.064,22 (+0,91%)
- Nasdaq: 15.840,96 (+1,51%)
- Dow Jones: 38.226,45 (+0,85%)
- Dólar: R$ 5,11 (-1,53%)
- Euro: R$ 5,48 (-1,01%)