“O dinheiro que conhecemos atualmente tem uma origem histórica mais antiga do que imaginamos. Podemos voltar à Idade Média, onde cidadãos utilizavam recibos de compra como meio de pagamento. Anos se passaram e surgiram os primeiros bancos e as primeiras moedas de papel. Na realidade, o conceito de usar algo de valor para obter outro bem ou serviço existia muito tempo antes disso.
O começo da história do dinheiro
Não necessariamente o dinheiro surgiu em forma de moedas cunhadas ou notas impressas. No passado, muitos objetos serviam como meio de troca. O gado, por exemplo, tinha grande importância na economia de certas sociedades. Em diversas culturas, quem possuía mais cabeças de gado era considerado mais capaz de fazer negociações e compras.
Outros recursos também eram usados como dinheiro. Tabaco, penas e garras de pássaros, sal, chá, entre outros itens, serviam para pagar e receber. No entanto, devido à facilidade de alguns desses alimentos estragarem, foram surgindo outros materiais considerados mais duráveis como o metal, o cobre, o ouro e o bronze.
As palavras que nomeiam o dinheiro
A palavra “money” (dinheiro em inglês) tem origem na palavra “moneta”, que é um termo romano. As moedas eram criadas no templo de Juno Moneta, uma deusa representativa das mulheres da mitologia romana e do casamento.
No Brasil, o lema encontrado nas cédulas e moedas é “Deus Seja Louvado”. Já no dinheiro americano, a frase “In God We Trust” (em Deus nós confiamos, em tradução livre) é usada desde 1963.
Curiosidades sobre o dinheiro
Existem diversas curiosidades quando falamos de dinheiro. Durante o período pós-guerra, por exemplo, a moeda da Alemanha desvalorizou de tal forma que algumas pessoas chegaram a usar as cédulas como papel de parede.
Outro fato interessante é que a primeira cédula a trazer a imagem de uma pessoa foi o dólar, com a figura de Abraham Lincoln, importante figura norte-americana. A partir daí, outros países também começaram a estampar em suas notas imagens de pessoas consideradas importantes.
A história do dinheiro no Brasil
No Brasil, o réis foi a primeira moeda do país, circulando por cerca de 400 anos, do período colonial até 1942. Depois disso, houve variações de moedas como o cruzeiro, cruzado, cruzeiro novo, entre outras, até chegar ao Real, que é a moeda utilizada atualmente.
O conceito de dinheiro evoluiu muito ao longo dos séculos e continua a se transformar. É interessante observar como essa história influenciou a sociedade atual e pensar sobre como será o dinheiro do futuro. Por isso, é importante sempre estar atualizado sobre o mercado financeiro e entender suas movimentações.
Como funciona o dinheiro x tempo?
Todos nós já ouvimos a expressão “tempo é dinheiro”, porém, em 2024, todos sabemos que o dinheiro detém um valor no decurso do tempo, seja em nível pessoal ou empresarial. Mas como isso é medido e por que acontece esse fenômeno econômico? Para entender melhor esta questão, é importante fazer uma análise através da seguinte questão: será que os R$100,00 que possuímos hoje terão o mesmo valor daqui a um ano?
Variação no poder de consumo
Um dos principais fatores de mudança no valor do dinheiro é relacionado com as preferências de consumo. Por exemplo, atualmente os celulares são muito valorizados e, por isso, possuem um alto valor de mercado. No entanto, houve um tempo em que não existiam celulares e os mini-games possuíam uma valorização similar. Com o avanço da tecnologia, cada novo produto tende a ganhar valor de mercado enquanto os produtos anteriores vão perdendo valor.
Inflação e Deflação: Impacto no poder de compra
Além do consumo, a inflação e a deflação também têm grande influência no valor do dinheiro. Enquanto a inflação é a perda do poder de compra, a deflação é o ganho do poder de compra. Infelizmente, vivemos em um cenário de inflação crescente, que resulta na diminuição do valor do dinheiro no decorrer do tempo.
O custo de oportunidade dos investimentos
O custo de oportunidade também deve ser levado em conta ao tentar compreender o valor do dinheiro. Antes de investir o seu dinheiro, é preciso analisar se o custo de oportunidade é maior que a deflação. Caso contrário, o investimento pode não valer a pena. A sensação de risco associada ao investimento também influencia no valor do dinheiro no tempo.
A consideração da liquidez
Por último, a liquidez – ou seja, a facilidade de um ativo ser transformado em dinheiro sem perdas significativas em seu valor – também impacta no valor do dinheiro. Por exemplo, se uma organização investe R$10,000.00 em uma máquina, este ativo será pouco líquido e perderá valor se precisar ser vendido imediatamente. Em contrapartida, se os mesmos R$10,000.00 estiverem na conta corrente da empresa, há liquidez absoluta, pois se pode retirar os valores ou realizar pagamentos imediatamente. Ao levarmos em consideração todos esses fatores – consumo, inflação e deflação, custo de oportunidade e liquidez -, é possível compreender melhor como e por que o valor do dinheiro muda com o tempo. Este conhecimento é fundamental para tomar decisões informadas, seja em nossa vida pessoal ou na gestão de uma empresa.
Responsabilidade financeira: é hora de aprender sobre dinheiro e riqueza
Não se sinta culpado por não entender sobre dinheiro e riqueza. A falta de educação financeira é uma realidade para muitos brasileiros. No entanto, é 100% de sua responsabilidade adquirir esse conhecimento e entender como o dinheiro funciona. Acreditar que problemas financeiros se resolverão como mágica ou depender de fatores externos para ter segurança financeira na aposentadoria são comportamentos infantis que precisam ser abandonados. Entender isso é o primeiro passo para amadurecer financeiramente e vencer no jogo do dinheiro.
Crenças infantis versus maturidade financeira
Quando somos crianças, é normal acreditar em histórias que alimentam nossa fantasia, como a do Papai Noel. O problema é quando essas crenças persistem na idade adulta. Achar que as coisas vão cair do céu, que vamos ganhar na loteria ou que nosso gerente do banco vai indicar os melhores investimentos para nós, são comportamentos comparáveis à crença no Papai Noel. O primeiro passo para amadurecer financeiramente é abandonar essas crenças e começar a assumir responsabilidades.
Quatro Paradigmas do Dinheiro
O livro “Pai Rico, Pai Pobre” propõe quatro paradigmas do dinheiro:
1. Conseguir dinheiro
Este é o modelo mais básico, aprendemos quando ainda somos crianças: queremos algo, pedimos dinheiro aos nossos pais e eles nos dão. Quem vive baseado nesse modelo na idade adulta, nunca acumulará riqueza e provavelmente terá muitos problemas com dívidas.
2. Ganhar Dinheiro
Este é o modelo em que a maioria das pessoas vive. Aqui, aprendemos a trocar nosso tempo e esforço por dinheiro. Embora seja possível se manter longe das dívidas com educação financeira, dificilmente conseguiremos acumular riqueza permanecendo apenas neste paradigma.
3. Fazer Dinheiro
O paradigma de fazer dinheiro geralmente está ligado a possuir um negócio próprio. Aqui compra-se o tempo de outras pessoas, que geram mais dinheiro do que se gasta com elas. É uma forma mais eficiente e inteligente de lidar com o dinheiro.
4. Investir Dinheiro
Investir dinheiro é o melhor paradigma existente e que poucas pessoas sabem como funciona. Aqui, o dinheiro é usado para adquirir ativos que se valorizam e geram renda passiva – você não precisa gastar seu tempo e esforço com estes ativos.
Conclusão
Não importa quantas vezes seja repetido, é fundamental entender: enquanto ignorar a realidade do dinheiro, você estará à mercê dele. Se você decidir assumir a responsabilidade de aprender sobre dinheiro e mudar seu comportamento com relação a ele, este artigo será de grande valor em sua vida financeira. Lembre-se, existe mais de uma maneira de investir seu dinheiro – a maneira mais fácil e acessível para todos é através aplicações financeiras.
Adotar um comportamento financeiramente responsável é um investimento que rende frutos para toda a vida.