Adquirir a casa própria é o sonho de muitos brasileiros, porém, os financiamentos imobiliários costumam ter prazos longos e parcelas significativas. Com isso, surge a dúvida: como quitar financiamento com FGTS para aliviar um pouco a carga financeira? Hoje, com o auxílio de Jonata Tribioli, especialista em investimentos imobiliários e diretor da Neoin, uma empresa que trabalha com cotas de empreendimentos imobiliários, iremos mergulhar um pouco mais no universo do FGTS e como ele pode ser utilizado para quitar ou reduzir o valor do financiamento.
O FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço é um direito do trabalhador com carteira assinada e pode ser utilizado para diversas finalidades, dentre elas a compra de imóveis, o pagamento da entrada ou até para abater o saldo devedor de um financiamento imobiliário. Para isso, é necessário que o trabalhador formalize o pedido de amortização junto à instituição financeira.
Como posso usar o FGTS e quitar minha casa financiada em 2023?

Jonata Tribioli explica que as condições variam de acordo com a instituição financeira, assim como podem sofrer alterações ao longo do tempo, mas de forma geral, é importante estar ciente de algumas regras gerais definidas pelo Conselho Curador do FGTS:
- Possuir no mínimo 3 anos de contribuição ao FGTS;
- A amortização total do saldo devedor só pode ocorrer 2 anos após o último uso do FGTS pelo trabalhador;
- O imóvel deve ser residencial e estar na mesma cidade ou região metropolitana onde se exerce atividade profissional;
- O trabalhador não pode possuir outro imóvel na mesma cidade ou região metropolitana onde exerce atividade profissional;
É possível usar o FGTS em 2023 para diminuir o valor das parcelas?
Sim, além de quitar o saldo devedor total, o FGTS também pode ser usado para abater o valor das parcelas mensais do financiamento, dentro dos limites de até 80% do valor da parcela.
Posso usar o Fundo como lance em um consórcio?
O FGTS também pode ser utilizado em consórcios imobiliários, seja para complementar o valor da carta de crédito ou ofertar um lance e antecipar o acesso aos recursos. Neste caso, a cota do consórcio deve estar no nome do titular da conta do FGTS ou de um cônjuge, desde que o casal possua um regime de comunhão de bens.
Por fim, antes de tomar a decisão de usar o FGTS para quitar um financiamento, é crucial que o trabalhador avalie a sua situação financeira, tendo em mente que o recurso só estará disponível em outras situações emergenciais se não for usado para este fim.
É importante lembrar que o uso do FGTS para quitação de financiamento pode ser extremamente vantajoso, mas cada caso requer uma análise apropriada. Consulte sempre um especialista!