Diversas dúvidas podem surgir quando o assunto é quitamento de financiamento imobiliário com FGTS. Algumas pessoas ainda desconhecem esta opção, que representa um alívio financeiro no pagamento de imóveis, especialmente em tempos de crise. Para esclarecer essas dúvidas, a equipe de Inteligência Financeira falou com Jonata Tribioli, diretor da Neoin e expert em investimentos imobiliários.
Entendendo que as condições e regras para a amortização do financiamento podem variar de acordo com a instituição financeira, a intenção aqui é trazer uma visão mais ampla e geral sobre a utilização do FGTS para este fim. Assim, esperamos que você possa realizar o sonho da casa própria de uma maneira mais tranquila.
O que precisa saber sobre o uso do FGTS para quitar financiamento?

A aquisição de imóveis é uma das finalidades principais para a qual você pode recorrer ao uso do FGTS. Entretanto, há regras bem definidas que envolvem essa possibilidade. São critérios estabelecidos pelo Conselho Curador do FGTS e que regulam desde tempo mínimo de contribuição até limites de valor do imóvel. Muitos desses critérios visam garantir que o beneficiário continue residindo no mesmo município ou região metropolitana onde exerce sua atividade profissional.
É possível usar o FGTS para abater parcelas do financiamento?
Sim! Além de poder usar o FGTS para quitar o saldo total da dívida, é possível recorrer ao fundo para reduzir o valor das parcelas do financiamento. Nesse caso, a máxima de desconto sobre o valor da mensalidade é de 80%. Importante lembrar que o período mínimo de uso do FGTS tem que ser de, pelo menos, 12 parcelas mensais.
Mas, e se o comprador participar de um consórcio imobiliário?
No caso de consórcios imobiliários, o FGTS também pode ser aplicado, seja para complementar a carta de crédito ou mesmo para dar um lance e adiantar o acesso aos recursos. No entanto, assim como nos demais casos, existem regras que devem ser cumpridas para que seja possível utilizar o saldo do FGTS.
Quais cuidados é preciso ter ao decidir quitar financiamento com FGTS?
O uso do FGTS pode ser uma alternativa vantajosa, principalmente quando as taxas de financiamento são elevadas. Contudo, é essencial lembrar que em uma situação de desemprego, por exemplo, este saldo não estará mais disponível. Jonata Tribioli ressalta que é preciso ponderar sobre a necessidade de manter uma reserva de emergência, quitação de dívidas com juros mais altos ou até mesmo manutenção de investimentos com retornos mais expressivos.
Ao tomar a decisão de quitar financiamento com FGTS, é imprescindível analisar as condições atuais do financiamento, sua situação financeira e principalmente seus objetivos futuros a fim de entender se esta será a melhor opção para você.