A Usiminas (USIM5) registrou lucro líquido de R$ 1,263 bilhão no primeiro trimestre de 2022, e indica alta de 5% na comparação com o mesmo período de 2021. Comparado ao 4º trimestre, houve uma queda de 49% por conta dos efeitos não recorrentes, operacionais e financeiros, registrados entre outubro e dezembro, e pelo menor resultado operacional.
“Compre com base no valuation, mas ativo segue pressionado pelo fraco momento”, afirma o relatório do BTG Pactual ao recomendar compra da companhia com preço-alvo de R$ 25.
O banco ressaltou que a explicação para o resultado abaixo da estimativa foi explicada por menores preços realizados do que o esperado tanto nas unidades de mineração (-29% vs. BTGe) quanto nas siderúrgicas (-2% vs. BTGe). Além disso, a instituição financeira disse que a geração de fluxo de caixa foi outro aspecto negativo, com a empresa consumindo R$400mm no trimestre, devido a uma grande saída de capital de giro.
“Continuamos vendo a Usiminas bem posicionada do ponto de vista do balanço patrimonial, com sua posição de caixa líquido preservada no trimestre. Em nossa visão, a Usiminas continuará gerando fluxo de caixa positivo em 2022, apesar do aumento do capex e do acúmulo de capital de giro devido a parada de manutenção de Ipatinga”, disse.
Ainda de acordo com o documento, o BTG afirmou continuar defendendo que a Usiminas seja mais agressiva no retorno de caixa e pontuou que o fluxo de caixa negativo foi uma surpresa.
“Continuamos vendo valor na Usiminas, mas reconhecemos a pressão decorrente do aumento dos custos e da baixa demanda no mercado doméstico – o fraco momento do curto prazo deve continuar pesando no desempenho das ações. No entanto, as ações parecem estar precificando o EBTIDA de R$ 3-4 bilhões no longo prazo, o que implicaria preços caindo 30-40% a/a, com perda significativa de volume, o que ainda vemos como altamente improvável”, avaliou.
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