Na noite desta quarta-feira (08), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou mais uma vez em 1,5 ponto percentual a taxa básica de juros, a Selic. A taxa passou de 7,75% para 9,25% ao ano, com objetivo de conter a pressão inflacionária, que está em 10,67% nos últimos 12 meses, de acordo com dados do próprio Banco Central.
Segundo o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, o aumento é excessivo e coloca a economia em risco. “Dessa forma, um aumento menos intenso da Selic, em conjunto com as elevações anteriores, já seria mais que suficiente para levar a inflação até a meta, sem que o Banco Central aumentasse a probabilidade de recessão”, reforça Robson Andrade, no site da CNI.
Em nota, a CNI informou que “entende que as restrições nas condições de crédito para consumidores e empresas poderiam ter seu ritmo reduzido. A decisão do Banco Central por um sétimo aumento expressivo da Selic vai de encontro a essa necessidade, aumentando o custo do financiamento e desestimulando a demanda, justamente em um momento em que muitas empresas ainda estão se recuperando”.