O Ibovespa fechou em leve alta nesta terça-feira (7) e manteve a tendência positiva dos últimos pregões. Em meio ao avanço das commodities, o indicador foi impulsionado pelas ações das mineradoras, petrolíferas e siderúrgicas. Além disso, as fintechs também se destacaram positivamente.
O Copom foi uma das pautas no cenário interno hoje e marcou o primeiro dia de reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e os diretores da autarquia, na sede do BC em Brasília, para definição da Selic.
Além disso, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 0,58% em novembro, mais do que o esperado no mês, após alta de 1,60% em outubro, mais uma vez influenciado pelo comportamento dos preços de grandes commodities, mostrou a Fundação Getulio Vargas (FGV) hoje. O índice acumula aumento de 16,28% no ano e de 17,16% em 12 meses.
Já no norte da América, as bolsas estadunidenses também fecham em alta, com empresas de tecnologia se recuperando em meio à redução de preocupações com a variante Ômicron do coronavírus, enquanto a Intel saltava após planos de abertura de capital de sua unidade de automóveis autônomos.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta de +0,65%, cotado a 107.557,67 pontos.
O dólar comercial fechou em queda de 1,27%, cotado a R$5,6204
Nos Estados Unidos, as bolsas também fecharam em altas. O S&P 500 fechou em +2,04% (4.685,46), o Nasdaq registrou +3,03% (15.686,90), enquanto o Dow Jones encerrou em +1,40% (35.720,55).
Confira os destaques desta terça-feira:
Mesmo com a PEC dos Precatórios, governo vê rombo de R$ 2,6 bilhões
Depois da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios com R$ 106,1 bilhões a mais para o governo gastar em 2022, o Ministério da Economia calcula que ainda faltam R$ 2,6 bilhões de espaço no teto de gastos, regra que atrela as despesas à inflação, para acomodar o Orçamento do ano eleitoral.
Com esse “rombo”, as pressões para novos aumentos dos gastos vão agora se concentrar nas negociações para a votação do Orçamento, que se intensificaram ontem com a apresentação do relatório preliminar do relator-geral, Hugo Leal (PSD-RJ).
O parecer mantém o caminho para R$ 16 bilhões em emendas do orçamento secreto em ano eleitoral, sinalizando que a pressão por gastos continua. A manutenção das emendas de relator, as RP9, não está na lista da equipe econômica, obtida pelo Estadão. Os dados mostram que a PEC não foi suficiente para o tamanho da demanda do presidente Jair Bolsonaro e dos seus aliados.
CAE aprova projeto que cria programa de estabilização do valor do petróleo
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira, 7, projeto de lei que cria um programa de estabilização do valor do petróleo e de derivados no Brasil e força uma alteração na política de preços da Petrobras. A proposta foi apresentada pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), no contexto de reclamações crescentes sobre o sucessivo aumento do preço dos combustíveis. Agora, o texto segue diretamente para votação do plenário. Depois, se aprovado, ainda precisará ser apreciado pela Câmara dos Deputados.
A proposta, relatada pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN), tem o condão de alterar a política de preços de reajustes praticados pela Petrobras, que considera as variações dos preços do barril de petróleo no mercado internacional e do câmbio. Pelo PL, os preços internos praticados por produtores e importadores de derivados do petróleo deverão ter como referência as cotações médias do mercado internacional, os custos internos de produção e os custos de importação, “desde que aplicáveis”.
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