A dívida de curto prazo das empresas listadas na B3 é a menor dos últimos 20 trimestres, segundo levantamento da Economatica.
O estudo mostra a evolução das companhias nos últimos 20 trimestres, sendo até o 3º trimestre de 2021, de 264 empresas não financeiras listadas na Bolsa, mas sem contar com a Petrobras (PETR3;PETR4).
Ainda de acordo com o relatório, as empresas registraram dívida de curto prazo de R$ 211 bilhões no 3T21, valor 2,97% inferior ao do mesmo período de 2020 e 9,76% superior ao do final de 2020. O estudo mostra que a dívida está relativamente estável desde março do ano passado.
Já a dívida bruta total foi de R$ 1,32 trilhão, alta de 5,49% em relação ao mesmo período de 2020 e 11,63% superior ao final do mesmo ano. Segundo o estudo, o valor registrado no trimestre é o maior da amostra de 264 empresas.
A dívida total bruta equivale a 27,3% do valor de mercado de todas as empresas listadas na B3 que na mesma data valem R$ 4,86 trilhões.
Em relação à dívida líquida, as empresas registraram R$ 769 bilhões em setembro de 2021, valor 2,25% com relação ao 3º trimestre de 2020 e 17,08% superior ao final de 2020.
Em março de 2020, a dívida líquida ultrapassava a barreira dos R$ 700 bilhões e nos últimos 7 trimestres ela ficou abaixo desse patamar somente em uma oportunidade (no 4º trimestre de 2020, quando fechou com R$ 657 bilhões).
Dívida total bruta por setores
Ainda de acordo com o estudo, o setor com maior estoque de dívida é o de energia elétrica, que tem R$ 304 bilhões com 35 empresas no 3º trimestre de 2021, seguido pelo setor de alimentos e bebidas, com 10 companhias com R$ 158 bilhões.
Enquanto o setor químico é o que registra o maior recuo do estoque da dívida, com queda de 23,5%. Já o setor de locadora de automóveis com 4 empresas tem o maior crescimento (62,3%).

Empresas com maior nível de endividamento
O relatório mostra ainda que a Petrobras é a empresa com maior nível de endividamento no 3T2021, com R$ 324 bilhões, seguido pela JBS (JBSS3) com R$ 84,3 bilhões.
A lista foi elaborada com todas as companhias do mercado independentemente, que fazem parte da amostra geral das 264 empresas.

Caixa
Segundo o levantamento, o caixa das 264 empresas alcançou R$ 559 bilhões no 3º trimestre deste ano, maior valor já registrado dentro do período da amostra.
O crescimento do caixa em 12 meses é 10,31% e de 4,9% no ano de 2021 (até o 3T2021).
O setor com maior caixa é o de energia elétrica, com R$ 85,2 bilhões, seguido pelo setor de alimentos e bebidas, com R$ 77,9 bilhões. Já o setor com maior crescimento percentual de caixa é o de software e dados, com 120,8% acima, entre os terceiros trimestres de 2020 e 2021.
O setor têxtil tem o maior recuo, com queda de 32,1%, seguido por educação, com queda de 28,0%.

Empresas com maior caixa
A Petrobras também é a empresa com maior volume de caixa, com R$ R$ 62,3 no 3T21. O número representa queda de 17,37% em relação ao mesmo período de 2020.
Vale (VALE3) e JBS vêm na sequência com crescimento do caixa entre 2020 e 2021 de 18,37% e 9,61%, respectivamente.
