A SPX Capital fez um balanço dos principais eventos globais no mês de setembro e que reverberam até agora, como o caso Evergrande, na China e os ruídos políticos nos Estados Unidos, além da crise de commodities no mundo. A gestora afirmou que o conjunto de todos esses fatores merece cautela.
“Qualquer um desses fatos teria, individualmente, consequências importantes; tomados em conjunto, eles representam uma confluência de eventos que merece muita atenção e trazem muitos riscos”, disse SPX, na “Carta do Gestor” referente a setembro deste ano.
Um dos casos destacados na carta é da gigante imobiliária Evergrande, na China, que apresentou US$ 300 bilhões em dívidas e um temor no mercado mundial com um risco de calote. Com a urgência necessária, a gestora acredita que o governo chinês irá mostrar a força de tem para evitar que uma grande crise se espalhe.
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“O mercado de maneira mais ampla está apostando na capacidade do governo chinês de planejar uma aterrissagem suave e conter quaisquer riscos financeiros ou econômicos desencadeados pela quebra da empresa”, afirmou a SPX, que ainda lembrou que a China precisará de um grande esforço para resolver a questão.
Outro ponto importante destacado pela gestora são as questões dos Estados Unidos, principalmente no âmbito político. O teto de dívidas foi resolvido momentaneamente até dezembro, mas o pacote fiscal do presidente Joe Biden divide o Partida Democrata. “Embora a história mostre que essas questões tendem a ser resolvidas na última hora, existe o risco de que esse ruído force as agências de classificação de risco a agir”, disse.
O documento finaliza destacando que as grandes economias precisarão entrar no processo de enfrentar os problemas da inflação e destacou a que os mercados emergentes largaram na frente, pois tiveram que enfrentar o problema antes de China, Estados Unidos e Europa. “À medida que avançamos nessa transição, os riscos aumentam por todos os mercados. Permaneceremos vigilantes enquanto avançamos em direção a este novo regime”, afirmou.
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