Várias empresas têm realizado o pedido de cancelamento de IPO (Oferta pública inicial). A InterCement pediu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na última quinta-feira (7) o cancelamento do pedido de oferta secundária de ações ordinárias, que havia solicitado em 18 de maio deste ano, e que estava suspensa desde então.
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A Environment ESG, unidade de gestão de resíduos da empresa de resposta a emergências Ambipar, também cancelou a operação citando “as atuais condições desfavoráveis dos mercados financeiro e de capitais”. O presidente da Amec, Fabio Coelho, disse que a variável mais sensível para o economista é o câmbio, que é onde demonstra toda essa volatilidade.
“São altos e baixos que vão levar ainda junto com os juros um fechamento natural dessa janela de IPOs na economia brasileira. A gente já está vendo vários sinais, muitas empresas que estavam na CVM, na fila para o IPO, cancelando o pedido”, disse Fabio à BM&C News.
O presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais pontuou ainda que em meio a um cenário de juros, menos crescimentos, inflação em alta, reformas que não aconteceram e uma eleição a frente, é tudo o que o empresário não quer na hora de tomar decisão sobre capitação de recurso na Bolsa.
“Eu olhei na última semana, a gente estava com três dúzias de empresas esperando IPO. Eu acho muito difícil que essas mais de 30 companhias façam a abertura de capital nesse cenário. Então, a gente ainda vai ver vários anúncios desses cancelamentos pela frente”, analisou.
Confira a entrevista na íntegra: