
No início do mês, a Câmara dos Deputados aprovou a redução de 20% para 15% a alíquota de tributação de lucros e dividendos da reforma do Imposto de Renda (IR) e esse cenário tem preocupado os investidores. Com isso, a analista, Louise Barsi, avaliou, em entrevista exclusiva à BM&C News, o cenário e destacou duas tendências que devem crescer e complementar os dividendos já existentes.
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“O dividendo, na nossa opinião, ele não vai morrer, mas parte dele vai mudar de nome. Existem outros subterfúgios, outros tipos de distribuição de proventos que vão acabar se tornando cada vez mais comum aqui no mercado brasileiro, na nossa opinião, que é o que a gente vê acontecendo lá fora”, disse a filha do bilionário Luiz Barsi.
Louise explicou que, o “Jeito Barsi de Investir”, e que são estratégias utilizadas no exterior, é de comprar boas empresas, que pagam bons dividendos a bons preços.
No governo de Donald Trump, os impostos foram reduzidos para pessoas jurídicas. Com isso, Louise explicou que a tese de muitos analistas é de que essa escalada da bolsa americana nos últimos anos teve grande influência de uma histeria de uma recompra de ações.
“Se essa reforma passar, vai ter em tese uma redução dos impostos diretos dos PJs, maior liquidez dentro das empresas e elas vão começar a olhar outras opções. Então, recompra de ações é uma excelente ideia para nós investidores porque você vai começar a dividir o lucro, que vai ser distribuído com menos ações overflow”, apontou a analista.
A vantagem desse cenário para o acionista será um ganho de uma espécie de brinde, que virá de acordo com a proporção do aumento do capital.
Na análise, Louise deu um exemplo da Porto Seguro que está propondo uma bonificação de 100%. “Como consequência, obviamente, no momento que ficar EX, a cotação dessa ação vai cair pela metade, porque não entra dinheiro novo na empresa”.
“Essas são duas ferramentas que devem crescer em tendência daqui em diante e complementar os dividendos que a gente já conhece”, avaliou.
Confira a entrevista completa:
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