
O Ibovespa fechou em forte queda nesta quarta-feira (4). Diversos fatores atuaram sobre o índice, como as fortes baixas do Bradesco (BBDC3; BBDC4) e da Petrobras (PETR4), que foram as ações mais negociadas do dia.
O Bradesco divulgou os resultados do segundo trimestre na terça-feira (3). O lucro líquido recorrente do banco foi de R$ 6,3 bilhões, alta de 63,2% na comparação anual. Já a carteira de crédito expandida do banco ficou em R$ 726,453 bilhões no período, o que representa um crescimento de 3% em relação ao trimestre anterior. Ainda assim, os papéis do banco despencaram.
As ações preferenciais (BBDC4) fecharam em queda de 4,20%, a R$ 23,48, enquanto as ordinárias (BBDC3) encerraram o dia em baixa de 3,87%, cotada a R$ 20,14. Ambas ficaram com as maiores quedas desta quarta.
Outro motivo foram as preocupações com a situação fiscal do país, em meio a movimentações populistas do governo federal também pesaram na sessão, que reserva ainda um esperado aumento maior da Selic e mais balanços corporativos.
Os principais índices de Wall Street caíam nesta quarta-feira, com preocupações sobre a desaceleração do crescimento econômico e novos temores sobre a Covid-19 atingindo setores economicamente sensíveis, incluindo bancos e indústrias.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, repercutiu a decisão do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos de estender a moratório para evitar despejos no país.
A porta-voz explicou que a medida foi, em parte, motivada pelo avanço da variante delta do coronavírus, que “acendeu o alerta” do governo e do Congresso. Segundo ela, a solução é temporária e uma resolução de mais longo prazo requer ação legislativa.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda de 1,44%, cotado a 121.801,21 pontos. O volume financeiro somou R$ 33,10 bilhões.
O dólar fechou em baixa de 0,13%, cotado a R$ 5,185.
Nos EUA, as bolsas fecharam de forma mista nesta quarta. O S&P 500 indicou -0,46% (4.402,69), o Nasdaq registrou +0,13% (14.780,53), enquanto o Dow Jones ficou em-0,92% (34.793,06).
Confira outros destaques desta quarta:
Fluxo cambial total de julho fica positivo em US$ 831 milhões, revela BC
Depois de registrar entradas líquidas de US$ 4,449 bilhões em junho, o País fechou julho com fluxo cambial positivo de US$ 831 milhões, informou nesta quarta-feira o Banco Central.
No canal financeiro, houve saída líquida de US$ 1,909 bilhão em julho, resultado de aportes no valor de US$ 40,877 bilhões e de retiradas no total de US$ 42,786 bilhões. Este segmento reúne investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.
No comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 2,740 bilhões, com importações de US$ 17,395 bilhões e exportações de US$ 20,135 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 2,343 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 4,589 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 13,203 bilhões em outras entradas.
BNDES quer Correios e Eletrobras prontos para venda no 1º semestre de 2022
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, voltou a estimar as operações de privatização da Eletrobras e dos Correios para o primeiro semestre de 2022, embora a concretização das vendas dependa do “apetite de mercado” para realizá-las no “preço correto”.
“Esperamos ter os ativos disponíveis para realizar as operações no primeiro semestre do ano que vem”, afirmou Montezano, em palestra durante o TAG Summit 2021, evento online promovido pela gestora TAG Investimentos.
O presidente do BNDES defendeu as duas privatizações. No caso da Eletrobras, mais importante do que os valores que o Tesouro Nacional levantará com a capitalização da companhia, será dar condições à empresa para voltar a investir no setor elétrico.