A parceria entre Rede D’Or (RDOR3) e a mineradora Vale (VALE3) tem movimentado o mercado. O contrato tem como objetivo a gestão e execução de ações de serviços de saúde no Hospital Yutaka Takeda, em Parauapebas, no Pará, e no Hospital Cinco de Outubro, na cidade de Canaã dos Carajás.
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A operação também engloba a análise por parte das empresas de uma possível parceria na construção ou aquisição de uma unidade hospitalar para atendimento médico-hospitalar de alta complexidade.
O analista da Inside Research, Rafael Rovai, comentou sobre o cenário: “Essa parceria com a Vale, eu acredito que deve abrir portas para outras parcerias e acho que está em linha com essa questão de consolidação”, disse em entrevista exclusiva à BM&C News.
“A Rede D’Or tem esse histórico de fazer boas parcerias, principalmente com empresas de planos de saúde. Então é um esquema que a gente acha que pode ser replicado e a gente enxerga com muito bons olhos, principalmente para a Rede D’Or por esse histórico de boa gestão, de boas parcerias que ela vem fazendo”, avaliou o analista.
No mesmo dia do anúncio da parceria, onde se encontra o maior complexo minerador da história da Vale, as ações da Rede D’Or avançaram mais de 5%. Rovai enxerga um cenário positivo para a rede de hospitais: “A nossa expectativa para esse resultado está muito boa, mas a expectativa para os próximos resultados, daqui 4, 5, 6 anos, são ainda melhores. A gente acredita que a Rede D’Or deve dobrar a receita dela nos próximos anos”, disse Rovai.
O analista completou dizendo que os bons resultados vão além da maior rede privada de hospitais do país: “A gente da Inside olha sempre para um horizonte de longo prazo. A gente gostou bastante dos resultados, não só da Rede D’Or, mas do setor de saúde como um todo, até após essa primeira onda da pandemia, a gente conseguiu enxergar resultados muito interessantes”.
O Credit Suisse informou há pouco em relatório que os resultados do segundo semestre para o setor de saúde serão influenciados pela segunda onda de covid-19 no Brasil.
Porém, o analista explicou o motivo do setor ganhar destaque:“Na nossa tese, para o setor de saúde, um dos principais pilares, é a questão do setor ser realmente pulverizado e abrir potencial para diversos M&As. A gente enxerga então uma possível consolidação dos maiores players no setor ao longo dos próximos anos”, ressaltou.
Confira a entrevista na íntegra: