
A Eletrobras pretende ampliar as receitas entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões após a capitalização. Com previsão para o início de 2022, os recurso poderá aumentar a capacidade de investimentos, disse na última quarta-feira (14) o diretor de infraestrutura, concessões e PPPs do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fábio Abrahão.
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O presidente avalia o risco de judicialização em meio a tentativa de alguns partidos de querer barrar a privatização da Eletrobras e aponta pontos positivos do projeto. Abrahão disse que a privatização da Eletrobras poderá gerar de R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões em outorgas à União, considerando o que a empresa vai precisar pagar ao Tesouro, pelos novos contratos de concessão de suas hidrelétricas.
Além disso, a capitalização deve injetar até R$ 28 bilhões na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e ajudará a auxiliar as ações da Eletrobras em dezenas de milhões de reais. “Mas é o mercado que vai precificar isso”, disse o presidente ao jornal Valor Econômico.
Abrahão informou ainda que o jurídico do BNDES está confortável com a operação. “Não vemos fragilidades, muito pelo contrário. A própria estrutura da lei está muito robusta”, ressaltou.
O BNDES tem atuado nos estudos para a operação de capitalização, o que inclui também a criação de uma nova estatal para abrigar os ativos que não poderão ser privatizados.
Ainda de acordo com Fábio Abrahão, a previsão é que os estudos sejam concluídos até o fim de setembro e que a aprovação, pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), aconteça em outubro.
O governo prevê realização da operação em fevereiro de 2022.
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