
Os contratos futuros de petróleo estão caminhando para a maior alta em três anos, após a OPEP+ ter falhado em entrar em um acordo ontem e adiado sua reunião. O principal obstáculo tem sido a posição dos Emirados Árabes Unidos, que rejeitou a proposta de redução de cortes por oito meses. “Sem uma injeção extra de barris, dado o mercado apertado, o Brent pode romper a resistência de US$ 80 o barril”, dizem analistas da UniCredit.
O contrato futuro de petróleo negociado em Londres fechou com ganho de mais de 1%, enquanto o de Nova York também subia, no pregão eletrônico. A commodity foi apoiada pela notícia de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) não conseguiu novamente nesta segunda, 5, chegar a um acordo sobre a retomada gradual de sua produção. Com isso, o contrato mais líquido do Brent superou a marca de US$ 77 pela primeira vez desde outubro de 2018.
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O petróleo Brent para setembro fechou em alta de 1,30% (US$ 0,99), em US$ 77,16 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Às 15h20 (de Brasília), o contrato do WTI para agosto era negociado com avanço de 1,60%, em US$ 76,36 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).
A sessão foi atípica, com feriado e mercados fechados nos Estados Unidos, por isso o contrato na Nymex ficou restrito ao pregão eletrônico, sem fechamento. De qualquer modo, o dia foi novamente de foco na Opep+ e suas dificuldades de consenso. No fim, o grupo nem anunciou data para uma próxima reunião sobre o tema.
A Opep+ pelo terceiro dia não conseguiu um acordo. A Wood Mackenzie comenta em nota que o ponto em aberto envolve os níveis de produção dos Emirados Árabes Unidos, em quadro de normalização gradual das economias pelo mundo. Para a consultoria, a questão deve ser resolvida antes do fim do acordo atualmente em vigor, previsto para abril de 2022. Segundo ela, porém, as discussões podem se mostrar “difíceis e prolongadas”.
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