
Esta sexta-feira (2) começou com a repercussão sobre uma possível parceria entre a Rumo — operadora de logística ferroviária–, e Santos Brasil — empresa de operação portuária de contêineres no Brasil — agitando o mercado e deixando investidores globais com as atenções voltadas para o tema.
No entanto, as empresas foram procuradas pelo Valor — que deu a notícia –, e negaram a informação. A Santos Brasil afirmou que não comenta rumores de mercado. Enquanto Rumo disse que, embora sempre estude e mantenha conversas para eventuais parcerias, não tem negociações nesse sentido com a Santos Brasil.
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Em entrevista exclusiva à BM&C News no YouTube, o analista e sócio da MOS Capital, Felipe Feijó, ressalta que a integração das operações portuárias seria importante para a Rumo. Segundo ele, caso a parceria fosse firmada, algumas malhas seriam ligadas, o que daria um poderio ainda maior de exportação. Confira o trecho durante o bate papo no BM&C Market:
“Você consegue ter essa ligação entre a Central, Mato Grosso, Goiás e Tocantins. Elas dão vazão ao porto de Santos, por isso são de grande relevância para a Rumo, pois correspondem a mais ou menos 80% da empresa. Seria interessante ver essa junção”, comentou Felipe.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) Mato Grosso, localizado na Região Centro-Oeste com extensão territorial de 903.329,700 quilômetros quadrados, sendo o segundo maior do Brasil, está na lista dos 10 estados que mais exportam no Brasil ocupando a 6ª colocação. De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Instituto, a população estadual é de 3.035.122 habitantes.
Lucros
“Com a negação das empresas após a notícia, vimos que o mercado ficou um pouco descontente, digamos assim, tanto que as ações da Rumo estão caindo, diferente de ontem, que a empresa fechou o dia em alta”, ressaltou Feijó. Por volta do meio-dia, a ação da Rumo (RAIL3) caiu 0,81%, negociada a R$ 19,59, ficando entre as maiores baixas do índice.
Entretanto, o analista também reforça que o lucro da Rumo não dependeria exclusivamente dessa parceria, caso fosse firmada. Para ele, a malha Central da empresa deve ser ainda mais trabalhada, já que é um trecho ‘importante’ para o agronegócio brasileiro.
“Obviamente que ajudaria muito na lucratividade também. Mas a Rumo advém muito do crescimento do agronegócio, que é um mercado em crescimento de até 7% ao ano. Há também a possibilidade de expansão de outras malhas, como Rondonópolis, no Mato Grosso, até a cidade de Lucas do Rio Verde, que fica mais pro norte”, finalizou Felipe.
Com colaboração de Ananda Denardi*
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