
A semana começa com as principais bolsas mundiais de olho em uma possível nova onda de covid-19. A chamada variante delta do coronavírus foi considerada a mais “transmissível” pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e ligou um alerta sobre todo o mundo para a eficácia da vacina contra mutações do vírus.
Até o momento, os imunizantes se provaram capazes de proteger contra casos graves de covid-19, mesmo contra a nova variante. Entretanto, especialistas em saúde afirmam que a pandemia precisa ser controlada em todo o mundo para que não surja uma variante resistente à vacina.
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No plano econômico, a semana deve ser marcada por dados do emprego, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Na quarta-feira (30) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) deve divulgar a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que deve trazer um novo panorama do emprego para o país.
Apesar dos dados do PIB (Produto Interno Bruto) e outros indicadores apontarem que a economia brasileira caminha para uma retomada mais intensa das atividades, o desemprego ainda é um desafio. Na última leitura, o IBGE registrou 14 milhões de desempregados, aproximadamente 14,7% da população.
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EUA
Mas outra taxa de desemprego deve estar no radar dos investidores brasileiros e do mundo. A partir de quinta-feira (1º) devem ser divulgados dados referentes ao emprego nos Estados Unidos, com os pedidos de auxílio desemprego no mesmo dia e o relatório de empregos (payroll) na sexta-feira (02).
Até lá, os dirigentes do Federal Reserve devem fazer uma série de discursos ao longo da semana e reiterar o compromisso da instituição financeira em manter a taxa de desemprego baixa. Essas ações estão diretamente ligadas à política monetária do Fed, que incluem alterar a taxa de juros e retirar estímulos da economia.
O Fed já anunciou que deve manter seus planos de retirada de estímulos e aumento da taxa de juros em 2023, mas outros líderes da instituição deram sinais de que o BC americano começou a debater uma alteração desse plano antes da hora.
JOE BIDEN
As reformas de Joe Biden também devem movimentar os negócios no panorama externo. O pacote de infraestrutura foi visto com bons olhos pelos legisladores americanos, o que deve dar novo fôlego ao presidente americano no Congresso.
O valor final do projeto é um pouco menor do que o proposto no início, mas soma uma boa quantia de US$ 1,2 trilhão, destinado para área de infraestrutura. A maior parte da verba vai para a revitalização e construção de pontes, estradas e outros grandes projetos, mas também há recursos para trens, portos, aeroportos e veículos elétricos.
O pacote destinará ainda US$ 73 bilhões para infraestrutura energética, US$ 55 bilhões a melhorias no sistema de saneamento básico, US$ 65 bilhões à universalização do acesso à banda larga e US$ 21 bilhões para recuperação do meio ambiente.
BRASIL
A CPI da Covid pode frustrar os planos do governo federal de aprovar o pacote de reformas estruturais e seguir com a agenda liberal. Depois do depoimento bombástico da última sexta-feira (25), a Comissão ganhou novo fôlego e mira em crime de prevaricação do presidente da República, Jair Bolsonaro.
De acordo com especialistas em política, o bloco de partidos chamado Centrão deve “dobrar a aposta” para dar o apoio necessário para aprovação das reformas.
A reforma tributária, por exemplo, já está recebendo duras críticas pela taxação de lucros e dividendos e diminuição da faixa que pega o Imposto de Renda. E a reforma administrativa deve encontrar desafios, tendo em vista as últimas denúncias de funcionários públicos concursados contra o governo.
Para compor o difícil cenário nacional, a crise hídrica e possível crise energética se avizinha do país. A Aneel manteve a bandeira vermelha, mais cara para taxação da conta de luz, para este mês.
AGENDA
Segunda-feira (28)
- Banco Central: Boletim Focus semanal (8h25)
- Banco Central: Concessão de crédito livre em maio (9h30)
- Tesouro Nacional: Relatório mensal da dívida pública federal de maio (14h30)
- Banco Central: Roberto Campos Neto, presidente do BC, participa de seminário sobre Open Banking (15h)
Terça-feira (29)
- FGV: IGP-M, sondagem de serviços e comércio de junho (8h)
- IBGE: Índice de Preços ao Produtor da indústria de transformação em maio (9h)
- Estados Unidos: Índice de confiança do consumidor de junho (11h)
- Tesouro Nacional: Resultado primário do governo central de maio (14h30)
Quarta-feira (30)
- Zona do Euro: CPI e Núcleo do CPI (inflação, na sigla em inglês) preliminar de junho (6h)
- IBGE: PNAD Contínua divulga taxa de desemprego até abril (9h30)
- Banco Central: Setor público consolidado em maio (9h30)
- Estados Unidos: Relatório sobre a criação de empregos no setor privado em junho (9h15)
- Brasil: Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulga dados conjunturais de maio (14h)
- Estados Unidos: Diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, participa de divulgação de panorama econômico dos EUA (sem horário)
Quinta-feira (1)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio desemprego (9h30)
- Ministério da Economia: Balança comercial mensal de junho (15h)
- Áustria: Opep+ realiza reunião ministerial (sem horário)
Sexta-feira (2)
- IBGE: Pesquisa Industrial Mensal de maio (9h)
- Estados Unidos: Balança comercial, relatório de empregos (payroll), taxa de desemprego e salário médio por hora (9h30)
- Estados Unidos: Encomendas à indústria de maio (11h)
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