Um relatório do banco americano Goldman Sachs, divulgado na última semana, traz uma previsão bastante animadora para as criptomoedas. Além de tratar as moedas digitais como uma classe de ativos, o documento ressalta que o ethereum pode superar o bitcoin -que é a moeda mais famosa- quando o assunto é reserva de valor.
Segundo o estudo, que contou com a participação de diversos especialistas, de forma geral, as novas moedas estão captando maior interesse dos investidores e fazendo com que os próprios bancos lancem novos produtos e serviços baseados em criptografia.
Por isso, o banco classificou esses produtos como “top of mind”, uma espécie de qualificação de destaque.
“Os investidores institucionais agora geralmente acreditam que os ativos digitais vieram para ficar, cada vez mais atraídos pela qualidade finita de ativos como bitcoin -que é comprovadamente escasso- como um forma de se proteger contra a inflação e desvalorização da moeda, e para diversificar suas carteiras na busca de maiores retornos ajustados ao risco”, destaca a pesquisa.
O documento ressalta, ainda, que as criptos têm potencial para atuar como reserva de valor, mas que ainda é preciso uma maior descentralização e ampliação das possibilidades de uso no mundo real, o que pode gerar mais valor e controle sobre a volatilidade atual.
Nesse sentido, embora os analistas rotulem o bitcoin como o ouro digital, eles também afirmam que o ethereum é a cripto com mais características para assumir o papel de reserva de valor. Isso porque, conforme avaliam Mikhail Sprogis e Jeff Currie, o seu processo de desenvolvimento dá a ele maior potencial para este perfil.
“Os três maiores movimentos no ecossistema de criptografia -pagamentos, DeFi e NFTs- estão principalmente sendo construídos no Ethereum, então seu preço terá o mesmo valor de uma rede.
Quanto mais pessoas o usarem, mais coisas serão construídas sobre ele e mais alto será o preço”, afirma Michael Novogratz, CEO da Galaxy Investment Partners
Mas bitcoin tem seu destaque
Alguns analistas também ressaltaram a importância e o sucesso que o bitcoin conquistou desde o lançamento, em 2009. Novogratz, lembrou que, embora muitas pessoas usem argumentos contra a criptomoeda, muitas empresas, incluindo bancos, já usam a tecnologia por trás dela, chamada de blockchain, em seus sistemas.
“Cada banco que conhecemos está construindo um canal de riqueza para criptografia, 14 entidades têm ETFs de bitcoin em linha na SEC e a maioria das empresas de tecnologia está incorporando bitcoin em sua carteira e interface. Pensar que teremos menos pessoas acreditando no bitcoin não é lógico”, salientou.