O comércio eletrônico brasileiro registrou 2,8 milhões de tentativas de fraude em 2024, que somaram mais de R$ 3 bilhões em valor das tentativas, segundo o Mapa da Fraude 2025 da ClearSale, braço do Serasa Experian especializado em soluções antifraude. E as empresas de tecnologia já começaram a alertar para a Black Friday deste ano, período em que o tráfego e as vendas online atingem o pico do ano. Pedro Braga, diretor da Locaweb e KingHost, empresa brasileira especializada em hospedagem e soluções digitais para e-commerce, afirma que o período exige atenção redobrada. “Durante a Black Friday, phishing, roubo de credenciais e ransomware estão entre as ameaças mais recorrentes”, afirmou. “O que pode comprometer tanto a operação da empresa quanto a confiança dos clientes.”
Braga observa que a segurança deve ser tratada como investimento estratégico – e cita como práticas essenciais o uso de certificados SSL, autenticação em dois fatores, políticas de acesso restrito e monitoramento contínuo de servidores e sites. Negligenciar essas medidas significa deixar a porta aberta para ataques que podem causar prejuízos financeiros e de imagem.
Para reduzir riscos, a Locaweb recomenda rotinas automáticas de backup e ferramentas integradas de gestão, que permitem monitorar acessos e vulnerabilidades em tempo real. O executivo afirma que a combinação entre tecnologia e conscientização interna é o principal fator de proteção. Quando uma loja mostra que leva a segurança a sério, ela transmite confiança ao consumidor e fortalece a própria marca.
MAPA DA FRAUDE – A categoria mais visada foi a de celulares, com 4% das tentativas e tíquete médio de R$ 2.789, 159% acima da média geral. Outras categorias com maior percentual de tentativas incluem acessórios eletrônicos (3,4%), eletrodomésticos (3,2%), informática (3,2%) e serviços (2,5%). Entre os produtos mais fraudados estão geladeiras, freezers, celulares, televisores e itens de moda de alto valor ou edição limitada, conforme o relatório.
O relatório aponta ainda diferenças por gênero, com maior incidência entre consumidores do sexo masculino (1,7%), seguido por outros (1,5%) e feminino (0,9%). Com essas informações sobre categorias, tíquete médio e perfis de risco, os lojistas podem articular suas estratégias de proteção digital, monitoramento contínuo e uso de ferramentas antifraude, sem que haja garantia de prevenção completa das fraudes.
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