A União Química comprou a marca de suplementos de potássio Slow K da farmacêutica britânica GSK por cerca de R$ 20 milhões. Esse valor representa um múltiplo de duas vezes mais do faturamento da marca, que é cerca de R$ 10 milhões. Vagner Nogueira, vice-presidente de vendas da companhia brasileira, diz que a aquisição representa o reforço a atuação da empresa no segmento de medicamento de prescrição para a área de cardiologia.
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Nogueira disse ainda que os recursos da aquisição são do caixa da União Química e acrescentou que faz parte de uma compra estratégica. A meta da companhia é dobrar o faturamento do medicamento nos próximos dois anos. “Esse mercado gira em torno de R$ 40 milhões anuais com a venda de 80 milhões de unidades. O potencial de crescimento é bastante interessante”, afirmou o executivo. Hoje, a área de medicamentos de prescrição faz parte de 21% do faturamento da companhia brasileira.
A estimativa da empresa é que até o final do ano consiga chegar a um faturamento de R$ 4 bilhões em receita total. Isso vai representar um crescimento de 24% no comparativo do ano passado. Em um período de doze meses, terminados em junho, a alta no faturamento chegou a 28,5%.
“Nossa estratégia não é a concentração de receita em uma área. Não temos um grande ovo, ou dois grandes ovos na cesta. Temos uma cesta mais variada. A União Química, por exemplo, é um dos maiores fornecedores de medicamentos usados em sedação e intubação”, afirmou o vice-presidente.
No início da pandemia, foram vendidas 40 milhões de ampolas desses medicamentos para a área hospitalar. No ano de 2019, o fornecimento foi de 20 milhões. De acordo com Nogueira, a estimativa é que entregue ainda neste ano o total de 60 milhões de unidades, incluindo anestésicos e bloqueadores musculares.
Até o momento a União Química possui cinco unidades de negócios: Farma, uma área chamada Genom, a hospitalar, que é a terceirização para grandes empresas nacionais e multinacionais, vacinas e ainda a divisão veterinária.
“A União Química segue em evolução contínua. Nos últimos 12 meses, segundo dados da IQVIA, a companhia cresceu 28,5%. E recentemente fez aquisições de importantes marcas. Compramos o Neocopan e a família Xantinon, da Hypera, e uma linha de contraceptivos e a fábrica de Cancioneiro, em São Paulo, da Bayer. Nesse período, gastamos R$ 300 milhões. E continuamos atentos às oportunidades”, afirmou o executivo.
