O próximo presidente da Argentina, Javier Milei, tem planos audaciosos para o futuro de seu país após a posse em 2024. Além da reforma econômica incluindo a dolarização da moeda local e a extinção do banco central, Milei também tem como foco a política de armas.
Nas linhas seguintes, vamos explorar o possível impacto das propostas de Milei na indústria de armas, particularmente na fabricante brasileira Taurus (TASA4).
Flexibilização de porte de armas na Argentina: quais as implicações?
Atualmente, a legislação argentina para posse de armas é semelhante à brasileira: requer testes psicotécnicos, autorização de compra, registros criminais negativos e a necessidade de revalidação a cada 12 meses, juntamente com a apresentação de uma justificativa. No entanto, Milei pretende flexibilizar esta legislação, promovendo maior acesso e demanda por armas que poderá ser uma surpresa positiva para a Taurus.
Os calibres permitidos para civis na Argentina atualmente são limitados ao .32. Entretanto, Milei sinaliza que pode retirar a condição de “uso condicional”, o que poderia abrir um mercado significativo para a Taurus. Vale lembrar que a fabricante brasileira tem no seu portfólio pistolas 9mm, .45, e revólveres .357 e .44.
Javier Milei e a Taurus: uma nova parceria em potencial?
De acordo com a consultoria independente do setor de Defesa LRCA Consulting, é plausível que a indústria brasileira de armas seja beneficiada pela proximidade geográfica e afinidade entre Brasil e Argentina.
A Taurus já é conhecida entre os atiradores esportivos da Argentina, embora as linhas mais modernas e tecnológicas de pistolas e revólveres ainda não estejam ao alcance legal da maioria dos cidadãos.
Quais são os próximos passos de Milei?
Ainda não está claro como Milei pretende modificar a legislação de armas na Argentina. Acredita-se que, a princípio, as novas medidas sejam implementadas por decreto presidencial, dada a base fraca de seu partido no Congresso.
Seja como for, qualquer alteração na política de acesso às armas ou flexibilização dos calibres permitidos pode desbloquear uma “demanda reprimida”, tal como ocorreu no Brasil nos anos mais recentes. Acompanharemos de perto o desenrolar desses acontecimentos e possíveis impactos na indústria brasileira de armas.
Com essas alterações, believers de arma e futuros investidores em empresas de fabricação de armas, como a Taurus, devem manter um olho na Argentina e nos movimentos de Javier Milei. E você, o que acha de toda essa situação?
