A Taurus foi o destaque do BM&C Business, em entrevista concedida pelo CEO global Salésio Nuhs e pelo CFO Sergio Sgrillo. Fundada em 1939 e listada na B3 desde 1982, a companhia se consolidou como uma das maiores fabricantes de armas leves do mundo e hoje mantém fábricas no Brasil, Estados Unidos e Índia, além de um escritório na Arábia Saudita. Os executivos revisitaram a trajetória da empresa e detalharam como disciplina financeira, footprint global e inovação sustentam o crescimento em um momento desafiador.
Salésio relembrou que a empresa atravessou momentos difíceis a partir de 2005, mas passou por uma virada a partir de 2018, quando assumiu o comando: “A gente pegou a companhia com pulso firme e reestruturou a companhia inteira de 2018 para cá”. Sgrillo acrescentou que, no primeiro dia de gestão, havia apenas R$ 236 mil em caixa, número que hoje chega a R$ 170 a R$ 180 milhões. Segundo ele, a companhia que quase entrou em recuperação judicial se tornou referência mundial, operando atualmente com “a maior margem bruta do mercado”.
A internacionalização foi um passo fundamental. Com mais de 40 anos de presença nos EUA e uma joint venture na Índia no programa Make in India, a Taurus expandiu sua base de clientes para cerca de 100 países. “A gente vende para todos os países que consomem nosso produto, aproximadamente 100 países”, afirmou Nuhs.
O portfólio também foi destaque. A Taurus é a maior fabricante de revólveres do mundo, responsável por seis em cada dez unidades vendidas, e possui a maior quantidade de plataformas de pistolas. “Nós somos a única empresa do mundo que trabalha com grafeno na composição das armas civis”, afirmou o CEO. Além disso, a companhia tem ampliado o segmento militar, com calibres 9 mm, 5.56 e 7.62, e avalia a aquisição de uma fábrica na Turquia para acelerar o desenvolvimento de tecnologias mais complexas.
A inovação aparece como um diferencial. Entre os projetos recentes, está o drone armado apresentado na LAAD, apelidado de “soldado voador”. “A Taurus é a primeira empresa do mundo que atira com o drone”, destacou Nuhs. O projeto está em homologação com a ANAC, Exército e Aeronáutica.
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