O economista Leonardo Neves, da Constância Investimentos, comenta sobre a complexidade do cenário atual entre Brasil e Estados Unidos, especialmente em um momento marcado por tarifas elevadas e incertezas econômicas. Segundo Neves, as empresas brasileiras estão enfrentando desafios significativos, como a Embraer e a WEG.
Neves destaca que as tarifas impostas sobre produtos brasileiros têm gerado um efeito dominó, afetando diretamente a competitividade de diversas indústrias. “Os custos adicionais impostos por tarifas elevadas tornam difícil para as empresas brasileiras competirem no mercado internacional“, afirma o economista. Essa situação é mais crítica para setores que dependem fortemente das exportações, como a aviação e a agricultura, que precisam se readequar rapidamente para sobreviver.
Tarifas de Trump: diversificação se torna necessidade
Dentro desse contexto, Neves analisa quais setores estão em maior risco e quais podem resistir melhor às adversidades. Ele aponta que, enquanto empresas ligadas ao agronegócio podem encontrar formas de adaptação, outras como a Embraer enfrentam riscos elevados. “A diversificação de mercados e a inovação são essenciais para a sobrevivência dessas empresas“, sugere Neves.
Apesar dos desafios, Neves considera que o atual cenário pode ser o “menos pior” para a economia brasileira. Ele explica que, embora alguns setores estejam se beneficiando das mudanças, a estabilidade econômica ainda é uma preocupação. “Precisamos monitorar de perto as políticas fiscais e monetárias, pois elas desempenham um papel crucial na recuperação econômica“, enfatiza. A política fiscal, em particular, é um fator determinante que pode influenciar a confiança dos investidores.
Tarifas expões necessidade de reformas
O economista também discute a perspectiva macroeconômica e as expectativas para o futuro. Neves acredita que a recuperação econômica do Brasil dependerá da capacidade do governo em implementar reformas estruturais e de criar um ambiente favorável para investimentos. “A melhoria nas condições de investimento é essencial para estimular o crescimento econômico sustentável“, finaliza.
Para os investidores, Neves recomenda uma abordagem cautelosa, enfatizando a importância da diversificação e do acompanhamento das tendências do mercado. Ele sugere que os investidores considerem setores que demonstram resiliência e que possam se beneficiar de tendências globais, como a transição para energias renováveis e tecnologias digitais.