Na madrugada do dia 25 de junho de 2025, a cidade de São Paulo registrou uma das temperaturas mais baixas dos últimos anos, surpreendendo moradores de diferentes regiões. A estação meteorológica do Mirante de Santana, referência oficial do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), marcou 6ºC às 7h da manhã, superando o recorde anterior para o mês. Em outros pontos da capital paulista, o frio foi ainda mais intenso, com registros próximos de zero grau e até formação de geada em áreas rurais.
Enquanto a Zona Norte enfrentava temperaturas baixas, bairros da Zona Sul, como Parelheiros e Marsilac, sentiram ainda mais os efeitos da onda de frio. Nessas regiões, os termômetros chegaram a marcar 0,3ºC, fenômeno raro para a metrópole. A população precisou se adaptar rapidamente, utilizando roupas mais pesadas e buscando abrigo em locais protegidos do vento gelado.
Como a frente fria afetou São Paulo?
A chegada de uma frente fria intensa ao estado de São Paulo foi o principal fator responsável pela queda brusca nas temperaturas. O fenômeno meteorológico trouxe não apenas o frio, mas também ventos fortes, especialmente na noite do dia 24, quando rajadas de até 65 km/h foram registradas no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Essas condições alteraram a rotina da cidade, inclusive impactando o funcionamento de voos e a mobilidade urbana.
Além dos ventos, a frente fria provocou chuvas rápidas em alguns bairros, contribuindo para a sensação térmica ainda mais baixa. A combinação de céu limpo após a passagem da chuva e ar polar favoreceu o resfriamento acentuado durante a madrugada, cenário típico do inverno paulistano, mas com intensidade pouco comum nos últimos anos.
Quais foram os bairros mais frios de São Paulo?
De acordo com os dados do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), bairros localizados no extremo sul da capital, como Capela do Socorro, Parelheiros e Marsilac, registraram as menores temperaturas. Nessas áreas, o frio foi tão intenso que houve formação de orvalho congelado sobre plantas, evidenciando a ocorrência de geada, algo que não era observado desde 2021.
- Capela do Socorro: 0,3ºC
- Parelheiros: Geada e temperaturas próximas de zero
- Marsilac: Sensação térmica de 5ºC durante a noite
- Mirante de Santana: 6ºC, novo recorde para o mês
Esses dados demonstram a diversidade climática dentro da própria cidade, com regiões urbanas e rurais apresentando comportamentos distintos diante da mesma massa de ar frio.
Como fica a previsão do tempo para os próximos dias?
Segundo informações da Climatempo, a tendência é de que o frio persista por mais alguns dias, especialmente durante as noites e madrugadas. O sol predomina na maior parte do período, mas há expectativa de aumento de nuvens e possibilidade de chuva a partir da sexta-feira. As temperaturas mínimas sobem gradualmente, mas o clima ameno permanece até o final da semana.
- Quinta-feira (26): Mínima de 11ºC e máxima de 26ºC, sol com algumas nuvens.
- Sexta-feira (27): Mínima de 16ºC e máxima de 22ºC, possibilidade de pancadas de chuva.
- Sábado (28): Mínima de 16ºC e máxima de 22ºC, muitas nuvens e períodos de céu nublado.
Moradores devem se preparar para noites frias e eventuais mudanças bruscas no tempo, comuns nesta época do ano na capital paulista.
Quais medidas foram adotadas para proteger a população em situação de rua?
Diante das baixas temperaturas, a Prefeitura de São Paulo ampliou os serviços emergenciais de acolhimento para pessoas em situação de rua. O funcionamento das tendas foi estendido até às 13h do dia seguinte, garantindo não apenas abrigo, mas também refeições, como café da manhã e almoço. O horário de entrada foi antecipado para as 17h, facilitando o acesso ao serviço antes do anoitecer.
As tendas de acolhimento foram distribuídas em pontos estratégicos das zonas Central, Sul, Norte, Leste e Oeste, como Praça da República, Praça Marechal Deodoro, Santo Amaro, Capela do Socorro, Santana, Vila Maria, Guaianases, Itaquera, Mooca e Lapa. Essas ações buscam minimizar os impactos do frio intenso, oferecendo proteção e suporte para quem mais precisa durante os dias de inverno rigoroso.
O episódio reforça a importância do monitoramento climático e da atuação rápida do poder público em situações de emergência, especialmente em grandes cidades como São Paulo, onde a vulnerabilidade de parte da população exige respostas eficientes diante de eventos extremos.
