Em resposta às severas sanções econômicas impostas devido ao conflito com a Ucrânia, a Rússia, liderada pelo presidente Vladimir Putin, busca novas estratégias para fortalecer sua autonomia tecnológica. Recentemente, foi revelado que o Kremlin planeja explorar a possibilidade de desenvolver um console de videogame próprio, potencialmente competindo no mercado global dominado por gigantes como Sony e Microsoft.
Após uma reunião significativa sobre o progresso socioeconômico da região de Kaliningrado, Putin instruiu seu governo a considerar não apenas a criação de um console, mas também o desenvolvimento de um sistema operacional e uma plataforma de computação em nuvem dedicada a jogos. Esta movimentação sugere um foco crescente do governo Russo em expandir e consolidar a indústria de tecnologia e jogos dentro do país.
Imagem: Internet.
Poderia um Console Russo Competir com PS5 e Xbox Series?
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, enfatizou que esta iniciativa tem como objetivo promover a indústria de jogos do país. No entanto, a tarefa não será fácil. Especialistas indicam que desenvolver um sistema deste calibre, do zero, poderia levar uma década ou mais. Apesar desses desafios, as ambições russas são altas.
Quais são os desafios para o desenvolvimento de um console Russo?
O jornal Kommersant aponta que a Rússia enfrenta consideráveis desafios técnicos e de competência para produzir um console que possa rivalizar com as ofertas de empresas estabelecidas como a PlayStation e Xbox. A alternativa mais viável, conforme discutido, seria criar um dispositivo portátil semelhante ao Steam Deck, em cooperação tecnológica com a China. Este plano emergencial poderia acelerar o processo ao aproveitar parcerias e conhecimento já estabelecidos.
Impacto das Sanções e Retirada de Empresas Internacionais
A invasão da Ucrânia não só acarretou a imposição de sanções internacionais como também provocou uma extensa retirada de empresas estrangeiras do território russo, afetando diversos setores inclusive o de tecnologia e jogos. Gigantes como Take-Two, CD Projekt RED, e Electronic Arts foram algumas das muitas que suspenderam suas operações na Rússia, criando um vácuo que o Kremlin agora parece determinado a preencher com inovação nacional.
Enquanto analistas debatem os potenciais sucessos e falhas deste ambicioso projeto, a comunidade global acompanha atentamente. A evolução desta iniciativa não só reflete o dinamismo e a resiliência da indústria de tecnologia russa como também pode definir futuras trajetórias no mercado global de jogos. Certamente, tais desenvolvimentos representam uma virada notável para a Rússia, histórica pela invenção do Tetris e agora se aventurando em territórios tecnológicos ainda mais audaciosos.
