O mercado automotivo brasileiro em 2025 está em transformação com a implementação do programa Carro Sustentável, uma iniciativa do governo federal para incentivar a venda de veículos compactos e ecológicos. Um dos principais atrativos desse programa é a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para modelos específicos, o que já demonstrou um impacto significativo nas vendas em julho. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), houve um crescimento de 13% nas vendas de veículos compactos cadastrados no programa.
Entre os critérios para a inclusão no programa, os carros devem ser produzidos no Brasil, possuir motores flex de baixa emissão de poluentes e potência de até 115,5 cv. Além disso, é importante que os veículos estejam dentro dos limites de peso, tenham alto índice de reciclabilidade e atendam parâmetros rígidos de segurança e resistência estrutural. Essas exigências visam promover um ambiente mais sustentável e, ao mesmo tempo, ampliar o acesso a carros novos, com preços mais competitivos devido à redução tributária.
Como o programa Carro Sustentável está impactando o mercado?
O Carro Sustentável representa uma mudança estratégica no mercado automotivo brasileiro, influenciando tanto consumidores quanto fabricantes. Com a isenção do IPI, fabricantes como a Volkswagen e a Fiat puderam oferecer modelos populares como o Polo Track e Fiat Argo com preços mais atraentes, resultando em um aumento nas vendas. Em julho, por exemplo, o Volkswagen Polo Track liderou as vendas entre os modelos 1.0, destacando-se entre os consumidores por sua economia e eficiência.
Curiosamente, a General Motors anunciou que modelos como o Chevrolet Onix, ausente inicialmente da lista, também passarão a participar do benefício a partir de agosto. Isso mostra que, além de estimular as vendas, o programa também impulsiona os fabricantes a ajustarem rapidamente suas estratégias para aproveitar as vantagens fiscais.
Qual é o papel do IPI Verde neste contexto?
Para equilibrar os benefícios oferecidos pelo Carro Sustentável, o governo também introduziu o IPI Verde, que mede o impacto ambiental dos veículos. Essa medida faz parte do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e busca taxar veículos mais poluentes. Assim, modelos que não atendem aos critérios de sustentabilidade acabam pagando uma alíquota maior de IPI.
A pontuação no IPI Verde é baseada na eficiência energética e no impacto ambiental, desviando o foco apenas da potência do motor. Com isso, tanto veículos nacionais quanto importados serão forçados a se adaptar aos novos padrões para não sofrerem com aumentos de impostos, promovendo uma indústria mais limpa e sustentável.
Por que os modelos nacionais têm destaque nas vendas?

O destaque de modelos nacionais nas vendas está diretamente ligado ao programa de incentivos do governo, que privilegia carros produzidos no Brasil. Automóveis fabricados localmente, como o Volkswagen Polo e o Fiat Argo, conseguem competir melhor em preço e disponibilidade em relação aos importados, desfrutando de vantagens fiscais e comerciais. Em contraste, veículos importados enfrentam maiores desafios na adaptação para atender aos requisitos do Carro Sustentável e, assim, podem ter menos representatividade no mercado.
Além dos benefícios fiscais, o programa também estimula o investimento em tecnologia automotiva local, incentivando as montadoras a desenvolverem modelos mais modernos e ecológicos, o que é um ganho significativo para toda a cadeia produtiva.
Assim, o Carro Sustentável e o IPI Verde representam um novo capítulo para o mercado automotivo no Brasil, promovendo práticas mais ecológicas e sustentáveis, enquanto incentiva economicamente fabricantes e consumidores a optarem por veículos menos poluentes e mais eficientes. Os reflexos dessas medidas já são visíveis nas vendas em 2025 e prometem transformar o panorama da indústria automotiva nos próximos anos.