A Receita Federal informou que o aumento do salário mínimo nacional para R$ 1.412 em 2024 resultou num incremento do número de contribuintes sujeitos ao pagamento do imposto de renda (IR). Anteriormente, indivíduos com renda mensal de até R$ 2.640 estavam isentos de pagar o imposto. Agora, aqueles que recebem até dois salários mínimos, ou seja, R$2.824, são obrigados a contribuir.
Ajuste no imposto de renda

De acordo com a Unafisco, um sindicato que representa os auditores fiscais da Receita, aqueles que tiveram um aumento salarial agora devem pagar R$13,80 de imposto por mês, o que soma um total de R$165,59 ao ano.
Mauro Silva, o presidente da Unafisco Nacional, defendeu que a tabela do IR deveria ter sido ajustada para acompanhar a inflação do ano anterior, que foi de 4.62%.
Faixas do Imposto de Renda
As faixas de renda e respectivas alíquotas do imposto de renda atualmente são:
- Faixa 1: Até R$ 2.112,00: isento
- Faixa 2: De R$ 2.112,01 até R$ 2.826,65: 7,5%
- Faixa 3: De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05: 15%
- Faixa 4: De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68: 22,5%
- Faixa 5: Acima de R$ 4.664,68: 27,5%
E as parcelas deduzíveis do IR por faixa salarial:
- Faixa 1: R$ 0,00 (zero)
- Faixa 2: R$ 158,40
- Faixa 3: R$ 370,40
- Faixa 4: R$ 651,73
- Faixa 5: R$ 884,96
O impacto da defasagem da tabela
A defasagem da tabela do IR resultou num potencial aumento de contribuintes, visto que com o tempo, mais pessoas se enquadram na faixa salarial que obriga ao pagamento do imposto, mesmo com salários ajustados apenas parcialmente pela inflação. Consequentemente, contribuintes estão sujeitos a pagar alíquotas cada vez maiores em relação ao anos anteriores, decorrente da entrada na próxima faixa de renda conforme aumentos salariais.