O preço da gasolina muda quase todos os dias porque ele é resultado de uma complexa cadeia de fatores que flutuam constantemente. A cotação do petróleo no mercado internacional e a variação do dólar são os principais gatilhos para essa instabilidade na bomba.
O preço do barril de petróleo é o ponto de partida

A matéria-prima da gasolina é o petróleo, uma commodity global cujo preço é negociado em bolsas de valores internacionais e sofre grande volatilidade. Fatores geopolíticos, como guerras em regiões produtoras, decisões de cartéis como a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e até mesmo desastres naturais podem impactar a oferta e a procura, alterando o valor do barril.
Quando o preço do barril de petróleo sobe no mercado internacional, o custo para as refinarias, como as da Petrobras no Brasil, aumenta. Essa variação é repassada ao longo da cadeia produtiva até chegar ao consumidor final, sendo a principal força por trás das mudanças diárias.
Como o dólar influencia o valor na bomba?
A cotação do dólar é outro fator de peso, pois o petróleo é negociado globalmente na moeda norte-americana. Mesmo que o preço do barril permaneça estável, se o real se desvalorizar frente ao dólar, o custo de importação de petróleo ou de seus derivados aumenta para as empresas brasileiras.
A política de preços de paridade de importação (PPI), adotada pela Petrobras por longos períodos, visa alinhar os preços internos com os do mercado global. Isso significa que a variação do câmbio é sentida quase que imediatamente no preço que a estatal cobra das distribuidoras, gerando um efeito cascata.
Os impostos compõem uma grande fatia do preço final
Uma parcela significativa do preço que você paga na bomba é composta por tributos. A carga tributária sobre a gasolina no Brasil é complexa e inclui impostos federais e estaduais, que também podem sofrer alterações e impactar o valor final para o consumidor.
A estrutura de impostos é uma das mais complexas do mundo, e cada parte tem um peso diferente no valor final. A composição básica dos impostos sobre a gasolina inclui:
- ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): Um imposto estadual com alíquotas que variam entre os estados.
- CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico): Um tributo federal.
- PIS/Pasep e Cofins: Contribuições federais que também incidem sobre os combustíveis.
- O custo do etanol anidro, que é misturado à gasolina, também influencia o preço final.
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A cadeia de distribuição e a margem de lucro
Depois de sair da refinaria, o combustível passa por vários intermediários antes de chegar ao seu carro. As companhias distribuidoras compram a gasolina da Petrobras, adicionam o etanol anidro obrigatório e a revendem para os postos de combustíveis. Cada etapa dessa cadeia adiciona seus próprios custos e margens de lucro, veja abaixo o vídeo do canal JornaldaRecord:
Os postos de combustíveis, na ponta final da cadeia, também definem seus preços com base na concorrência local, nos custos operacionais e na margem de lucro desejada. É por isso que o preço pode variar significativamente de um posto para outro, mesmo que estejam na mesma cidade.
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