Os principais índices globais encerraram o pregão desta quarta-feira, 25 de junho de 2025, com variações moderadas, refletindo o alívio geopolítico após a trégua entre Israel e Irã e a continuidade do tom cauteloso do Federal Reserve em relação à política monetária nos Estados Unidos.
Wall Street: estabilidade com viés positivo
Os índices de Nova York registraram um dia misto, mas próximo das máximas históricas:
- S&P 500: praticamente estável, em 6.092 pontos, levemente abaixo da máxima histórica.
- Nasdaq: alta de 0,3%, impulsionado por empresas de tecnologia como Nvidia.
- Dow Jones: recuo de 0,2%, com realização de lucros após recente sequência de altas.
- Russell 2000: queda de 1,2%, refletindo menor apetite por risco entre small caps.
Fatores que influenciaram:
- O presidente do Fed, Jerome Powell, voltou a falar no Senado e reiterou que o banco central ainda não tem sinais suficientes para cortar os juros, mas o mercado segue apostando em uma queda no último trimestre de 2025.
- A trégua no Oriente Médio, anunciada ontem, reduziu o risco de choque no fornecimento de petróleo e trouxe alívio aos investidores.
Europa: leve queda com euro forte e cautela fiscal
As principais bolsas europeias fecharam no negativo, influenciadas pela valorização do euro, que prejudicou exportadoras, e pela instabilidade política em alguns países da zona do euro.
- Setores como energia e defesa registraram desempenho misto.
- Destaque para ações ligadas à defesa, que subiram com declarações da OTAN sobre o aumento de gastos militares.
Ásia: bolsas sobem com impulso tecnológico
O pregão asiático foi majoritariamente positivo, refletindo o otimismo com o setor de tecnologia e o alívio geopolítico:
- Nikkei (Japão): +0,3%
- Hang Seng (Hong Kong): +0,8%
- Shanghai Composite (China): +0,5%
- Taiwan e Coreia do Sul também fecharam em alta
- O índice MSCI Global atingiu novo recorde histórico.
Commodities: petróleo se recupera após fortes quedas
- O preço do petróleo registrou leve alta, após queda acentuada nos últimos dias, com investidores ajustando posições frente à menor percepção de risco no Oriente Médio.
- Ações de companhias aéreas nos EUA se beneficiaram da queda recente nos combustíveis, enquanto empresas petrolíferas apresentaram resultados mistos.
Destaques corporativos
- Nvidia voltou a se destacar, com alta de 4,3%, impulsionando o setor tech e o índice Nasdaq.
- FedEx e UPS caíram, após a FedEx alertar para possíveis impactos de tarifas e desaceleração nas remessas globais.
- No setor de energia, rumores de uma possível aquisição da BP pela Shell movimentaram o mercado europeu, com ações da BP em alta de 1,6%.
Mercados globais em compasso de espera
Após semanas de volatilidade, o cenário internacional sinaliza uma fase de equilíbrio cauteloso:
- Trégua geopolítica trouxe alívio, mas não eliminou todos os riscos.
- Fed permanece prudente, o que mantém os mercados atentos a dados de inflação e emprego.
- Setor tecnológico continua puxando os ganhos, enquanto ações ligadas ao consumo e logística enfrentam desafios.
Os próximos dias devem manter os investidores atentos aos dados econômicos nos EUA e Europa, além de novos desdobramentos sobre o petróleo e tensões comerciais.












