O mercado de criptomoedas terminou esta sexta-feira, 29 de agosto, em forte realização, pressionado pelo vencimento mensal de contratos de opções e por sinais técnicos de fraqueza. O Bitcoin (BTC) recuou 2,8% e encerrou abaixo dos US$ 110 mil, negociado a US$ 109.932, enquanto o Ethereum registrou queda de 5,5%.
Além disso, o movimento negativo foi generalizado entre as altcoins, refletindo liquidações no mercado de derivativos. O token Cronos (CRO) desabou 15%, o Hyperliquid (HYPE) caiu 7,4%, enquanto Solana perdeu 2,3% e XRP recuou 4%. A pressão de venda dominou a sessão, reforçando o ambiente de cautela para investidores.
O que explica as fortes quedas desta sexta-feira?
O principal fator foi o vencimento de aproximadamente US$ 14,6 bilhões em opções de criptomoedas, sendo US$ 11,47 bilhões apenas em contratos de Bitcoin. Nessas datas, ajustes de posições aumentam a volatilidade e tendem a favorecer movimentos de correção no curto prazo.
Por outro lado, o hashrate do Bitcoin alcançou novo recorde em agosto, chegando a 1,024 ZH/s. Esse dado mostra solidez da rede e confiança estrutural de longo prazo, mesmo em meio a quedas expressivas de preço.
Quais sinais técnicos chamaram atenção no Bitcoin?
O BTC vinha consolidado entre US$ 112.000 e US$ 113.200, mas enfrentou rejeição nessa faixa. A perda da média móvel curta (EMA8) reforçou o viés defensivo, com predominância de candles de topo descendente. Nesse sentido, o indicador RSI encerrou próximo de 44 pontos, abaixo do nível neutro de 50, apontando enfraquecimento da força compradora.
Enquanto isso, analistas avaliam que uma eventual retomada acima dos US$ 112 mil poderia sinalizar recuperação parcial. Caso contrário, há risco de intensificação da correção em direção a suportes inferiores da semana.
O que esperar para o mercado nos próximos dias?
Nas próximas horas, o ajuste pós-vencimento pode manter a volatilidade elevada. Além disso, o fim de semana deve apresentar menor liquidez, aumentando a possibilidade de movimentos abruptos em curtos intervalos. A faixa de US$ 110 mil será decisiva para definir a direção do Bitcoin no curto prazo.
Por fim, investidores também monitoram o cenário macroeconômico global. Indicadores de inflação e emprego nos Estados Unidos, esperados para a próxima semana, podem influenciar diretamente o apetite por risco e a trajetória das criptomoedas.
















