O JPMorgan reiterou a recomendação de compra para as ações brasileiras, sustentando que o provável início do ciclo de corte de juros em dezembro e o cenário eleitoral de 2026 podem abrir espaço para valorização da bolsa local. Segundo o banco, esses fatores criam um ambiente de maior atratividade para os investidores.
De acordo com a instituição, um corte total de 4,25 pontos percentuais na Selic levaria a taxa básica para 10,75% ao ano, um nível considerado mais dovish do que o projetado pelo restante do mercado. Esse movimento, na visão do JPMorgan, tende a reduzir o custo de capital, impulsionar o crédito e favorecer a renda variável no Brasil.
Como as eleições podem afetar os ativos brasileiros?
O banco destaca que as eleições de 2026 podem representar uma possível “mudança de regime” no País, cenário que, dependendo do resultado, teria potencial de valorização para os ativos domésticos. Entretanto, a análise ressalta que o otimismo em torno do ciclo eleitoral não está isento de riscos.
Os especialistas ponderam que a narrativa positiva acabou sendo “sequestrada” por fatores externos e políticos recentes. Entre eles, a imposição de tarifas de 50% pelos Estados Unidos às exportações brasileiras, bem como a aplicação de sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal e a membros do Executivo. Segundo o relatório, os efeitos dessas medidas ainda são incertos e podem adicionar volatilidade ao mercado.
Cenário de oportunidades e riscos
Para o JPMorgan, a combinação entre a queda de juros e a expectativa de mudanças políticas cria uma janela de oportunidades para investidores. Ao mesmo tempo, a instituição alerta que o ambiente internacional e os desdobramentos das sanções impostas pelos EUA ao Brasil devem permanecer no radar.
O banco conclui que, apesar das incertezas, a tendência de corte da Selic pode sustentar um fluxo positivo para a bolsa, reforçando a visão de que os ativos brasileiros seguem descontados em comparação com outros emergentes.
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