O Ibovespa inicia esta quinta-feira (19) em leve alta, recuperando parte das perdas da véspera, quando o índice à vista registrou o pior desempenho desde novembro de 2022. A forte desconfiança do mercado em relação à disciplina fiscal do governo tem pressionado os negócios, mas a atenção hoje volta ao Banco Central, que trouxe projeções mais otimistas para a economia brasileira.
Às 10h20, o Ibovespa opera em alta de 0,61%, cotado aos 121.503,07 pontos.
Banco Central revisa projeção de crescimento do PIB para 2024
Em seu Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta manhã, o Banco Central ajustou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, passando de 3,2% em setembro para 3,5%. A revisão reflete melhores expectativas de desempenho em setores-chave da economia, além de uma leve retomada no ânimo dos investidores.
O documento também chama a atenção em um momento em que o mercado monitora de perto as políticas fiscais e monetárias, especialmente com a recente volatilidade no dólar e nos juros futuros.
Discursos de Campos Neto e Galípolo no radar dos investidores
O dia também será marcado por discursos de Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, e Gabriel Galípolo, apontado como seu sucessor. Ambos devem abordar o cenário econômico atual, destacando os desafios fiscais, as projeções de inflação e os próximos passos da política monetária.
As falas de Campos Neto e Galípolo são especialmente aguardadas devido ao contexto de incerteza fiscal e disparada do dólar, que levaram o Banco Central a realizar novos leilões à vista de moeda americana nesta semana.
Dólar e fiscal: tensão persiste, mas projeções do BC aliviam
O compromisso fiscal do governo segue como principal ponto de tensão nos mercados. A desconfiança tem impulsionado o dólar, que ontem chegou a novos patamares, forçando o Banco Central a intervir mais uma vez com leilões à vista.
Por outro lado, a nova projeção de crescimento do Banco Central para 2024 pode trazer um fôlego para os investidores, equilibrando o pessimismo com a economia. “A revisão para cima no PIB mostra uma economia resiliente, apesar do cenário fiscal desafiador”, afirmam analistas.
