O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira, 21 de outubro de 2025, com leve retração de 0,29%, aos 144.085 pontos. O movimento refletiu um dia de fôlego reduzido nos mercados internacionais, somado à ausência de novos indicadores econômicos no cenário doméstico. O volume financeiro movimentado foi de aproximadamente R$ 16,1 bilhões, em um pregão de poucas surpresas e baixa volatilidade.
Enquanto isso, os investidores locais acompanharam declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a meta fiscal e o envio de novos projetos ao Congresso. Apesar do tom positivo do discurso, o mercado reagiu de forma contida, interpretando o dia como uma pausa após semanas de alta. Nesse sentido, o índice seguiu operando dentro de uma faixa estreita, entre 143.829 e 144.795 pontos.
O que pressionou o mercado nesta terça-feira?
No exterior, as bolsas norte-americanas encerraram mistas, sem direção única, o que limitou o apetite por risco no Brasil. Por outro lado, a falta de dados relevantes na economia local manteve o Ibovespa sem impulso. O ambiente político também seguiu no radar, com atenção às discussões fiscais e ao possível impacto das novas medidas na arrecadação federal.
- Bancos recuaram: BBAS3 (-1,11%), BBDC4 (-1,33%) e ITUB4 (-0,94%).
- Petrobras (PETR4) caiu 0,81% após acordo de R$ 1,54 bilhão com a PPSA.
- Vale (VALE3) teve leve queda de 0,16%, à espera da prévia operacional do 3º trimestre.
Além disso, o desempenho fraco dos papéis de grandes empresas acabou ofuscando altas pontuais em companhias de médio porte. Mesmo assim, algumas ações se destacaram positivamente e ajudaram a conter maiores perdas no índice.
Quais ações conseguiram escapar da queda?
Entre os destaques de alta, a Embraer (EMBR3) avançou 5,12% após divulgar uma carteira de pedidos recorde e novos acordos internacionais. Já a Vamos (VAMO3) disparou 6,90%, impulsionada por prévia trimestral indicando crescimento de 25% na receita. Essas exceções pontuais mostraram que ainda há espaço para valorização em setores com fundamentos sólidos.
Por outro lado, companhias ligadas a commodities e ao setor financeiro continuam mais sensíveis ao cenário externo e às expectativas fiscais domésticas. Assim, o movimento de realização de lucros foi natural após o rali recente da bolsa brasileira.
O que esperar para os próximos dias na bolsa?
Os analistas apontam que o Ibovespa deve continuar testando resistências próximas de 144.700 pontos, com suporte em torno de 142.600. Além disso, investidores estarão atentos à divulgação de balanços corporativos e à tramitação dos novos projetos fiscais no Congresso. No câmbio, o dólar encerrou o dia em R$ 5,39, alta de 0,36%, revertendo quatro quedas consecutivas.
Em suma, o mercado adota uma postura de cautela antes de novos gatilhos de valorização. A semana deve seguir marcada por expectativas moderadas, mas com atenção redobrada aos movimentos internacionais e às declarações econômicas do governo brasileiro.